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O que fazer em Salvador, Bahia? Roteiro para três dias e meio

Pelourinho, Mercado Modelo, Elevador Lacerda, Farol da Barra... Saiba tudo de mais interessante para se fazer e conhecer na capital baiana.
Pelourinho, Mercado Modelo, Elevador Lacerda, Farol da Barra... Saiba tudo de mais interessante para se fazer e conhecer na capital baiana.
salvador bahia

Salvador é uma das cidades mais famosas do Nordeste brasileiro. Mas o que fazer em Salvador? Neste post, separei alguns lugares que eu conheci e que vale a pena conhecer se você viajará para a capital baiana, além de dicas de hospedagem e de como se locomover na cidade.

A primeira capital do país guarda muita história. Salvador foi fundada em 1549 por Tomé de Souza e é também uma das cidades mais antigas das Américas. Centro histórico e belezas naturais. Goste você de cultura, literatura, gastronomia, praia, monumentos, museus ou igrejas, você terá o que fazer em Salvador!

Ao total, permaneci 7 dias e meio em Salvador, mas apenas 3 e meio efetivamente na capital (nos outros dias conheci a Praia do Forte, Arembepe, Guarajuba e Morro de São Paulo, como já relatei em outros posts aqui no blog). Para mim, esse foi um tempo bom para conhecer a cidade com calma. Não senti falta de mais.

baiana salvador bahia
Saiba o que fazer em Salvador, capital da Bahia (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Onde se hospedar em Salvador

Quando fui a Salvador, fiquei hospedada no bairro de Rio Vermelho, ao lado de Ondina e Barra. Estava próxima dessas localidades, o que me proporcionou conhecê-las a pé mesmo. Estava próxima também de algumas grandes avenidas e ruas que passavam ônibus para basicamente toda a cidade.

Eu considerei uma região segura. Caminhei à noite para encontrar lugares para jantar e foi tudo super tranquilo.

mapa salvador
Fiquei hospedada no bairro do Rio Vermelho, em Salvador (Foto: Google Maps)

Fora isso, foi onde encontrei a opção mais barata de hospedagem pelo Booking.

Outros locais indicados para se hospedar em Salvador são justamente Ondina e Barra, além do Pelourinho (centro histórico), que é uma boa opção se você for ficar apenas um ou dois dias e quiser ficar bem perto das atrações mais famosas da cidade.

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Como se locomover

As atrações turísticas em Salvador não se concentram todas nas mesmas regiões e são um pouco longes uma das outras. O Farol da Barra do Pelourinho, por exemplo, são 6km (em um trajeto se você for a pé). Pelourinho da Igreja de Bonfim são mais 6km (chegando a 10km, em um percurso de carro).

Portanto, você terá de utilizar meios motorizados para se locomover pela cidade. Eu utilizei ônibus na maior parte do tempo e uma ou outra vez app de transporte privado.

Os ônibus em Salvador funcionam basicamente da mesma forma que todos os ônibus de linha no Brasil. Inclusive nas suas dificuldades, caso você não seja um usuário comum da linha em questão.

Eu utilizei o Google Maps em todas as ocasiões para saber qual ônibus pegar até o destino que queria ir, assim como saber onde era a parada mais próxima. Digamos que o Google Maps me deu a resposta certa em 90%. Em algumas poucas vezes, me direcionou para paradas que não passava o ônibus indicado (ou talvez o ônibus demorasse demais; mas se demorou mais de 30 ou 40 minutos, não é um bom ônibus hehe).

A Praia da Boa Viagem fica próxima ao Forte de Mont Serrat (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

O que fazer em Salvador: Rio Vermelho, Barra, Ondina e Farol da Barra

Barra e Ondina são bairros nobres de Salvador. Ondina, aliás, já apareceu em vários axés por ser tradicional na época do Carnaval. É uma boa região para se caminhar na orla da praia e ir apreciando a paisagem e os barzinhos, restaurantes, lojas

A Barra, na sequência, segue o mesmo estilo da Ondina, mas conta com um dos principais atrativos de Salvador: o famoso Farol da Barra.

De acordo com o site oficial do Museu Náutico que, hoje, ocupa o espaço, o Farol/Forte é a mais antiga edificação militar do Brasil, sendo sua construção em 1534.

O ingresso custa R$ 15, e o museu funciona de terça a domingo, das 9h às 18h.

Rio Vermelho é o local onde me hospedei. É semelhante aos outros dois citados neste tópico. Tem bastante movimento noturno e locais para sair. Um dos pontos mais conhecidos é o Largo de Santana, onde se encontram algumas das principais banquinhas de acarajé de Salvador. A da Dinha é a mais conhecida, mas tem também ali a da Regina e a da Cyra.

O que fazer em Salvador: Igreja do Bonfim

Impossível falar de Salvador e não lembrar das famosas fitinhas do Bonfim, né não? A Igreja do Bonfim fica no bairro de mesmo nome, mais ao norte da Barra e do centro histórico.

O local está sempre lotado, seja de turistas ou de fiéis. Quando eu visitei, por exemplo, foi bem difícil conseguir conhecer a parte interna, já que era um horário de missa e havia MUITA gente.

Na praça em frente à igreja, há vendedoras de acarajé e outros quitutes.

O que fazer em Salvador: Ponta do Humaitá e Forte de Monte Serrat

Depois de visitar a Igreja do Bonfim, você pode ir a pé mesmo até a Ponta do Humaitá. Ela fica na península de Itapagipe, na Cidade Baixa, e reúne um pátio, uma igrejinha, um convento e um farol. Tem uma vista bonita no pôr do sol.

Pertinho fica ainda o Forte de Nossa Senhora de Monte Serrat, que não é aberto para visitação, e a Praia da Boa Viagem, que também valem a passada.

O que fazer em Salvador: Mercado Modelo

Vamos agora ao centro de Salvador! Uma das paradas obrigatórias é o Mercado Modelo, um lugar com mais de 100 anos de história.

Desde a sua inauguração, em 1912, sempre foi um centro comercial, embora tenha mudado um pouco o foco do “comércio” ao longo dos anos. Hoje, é um local bem de artesanato, com roupas, lembrancinhas, souvenirs, etc. São dois andares bem cheios! Se você for comprar algo, lembre-se de pesquisar bastante e encontrar o lojista mais barato.

Eu não sou o tipo de pessoa mais fã de se fazer esse tipo de comprinha, mas mesmo se você for igual a mim, vale a pena dar uma passada e uma caminhada pelo local para conhecer.

O lugar que eu mais queria conhecer era o subsolo no Mercado Modelo, mas ele está fechado há anos, sem nenhuma previsão de quando abrirá para visitação novamente 🙁

O que fazer em Salvador: Elevador Lacerda

Praticamente em frente ao Mercado Modelo, está o Elevador Lacerda, outro local que você não pode perder se for a Salvador. Trata-se do primeiro elevador urbano do mundo e, no ano da sua inauguração (1873), era o mais alto do mundo, com 63m.

A função do elevador, claro, é o transporte de pessoas e a conexão entre a Praça Cairu, na Cidade Baixa, e a Praça Tomé de Souza, na Cidade Alta. Mas acabou se tornando uma das principais atrações turísticas da cidade. A tarifa é simbólica e custa R$ 0,15 por trecho. A viagem é bem rápida, dura cerca de 30 segundos.

Uma das fotos mais ‘cartão postal’ de Salvador é a imagem lateral do Elevador Lacerda, do topo, e a vista da Baía de Todos os Santos à frente.

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Elevador Lacerda e o Mercado Modelo abaixo (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

O que fazer em Salvador: Praça Tomé de Souza e Palácio Rio Branco

Saindo Elevador Lacerca, na Cidade Alta, você estará na Praça Tomé de Souza (também conhecida como Praça Municipal). Há vários prédios históricos e bonitos ao redor, como o Palácio Rio Branco, antiga sede do governo, além da Prefeitura e Câmara de Vereadores.

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É possível visitar o interior do Palácio Rio Branco (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

O que fazer em Salvador: Pelourinho

Dali até a região mais famosa do Pelourinho, a dica é simplesmente ir caminhando e conhecendo a região. Os prédios coloridos e antigos dão o charme do centro histórico de Salvador. Há vários bares, restaurantes e cafeterias, além de lojinhas de souvenirs, cangas, etc, e vendedores de rua, com quitutes tradicionais da capital baiana!

O largo mais famoso do Pelourinho é onde foi gravado “Michael, Michael, eles não ligam pra gente!”.

Sim, para quem não sabe (alguém realmente não sabe?), Michael Jackson gravou o clipe de They Don’t Care About Us no Pelourinho, em Salvador, com o Olodum, e no Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro.

Inclusive, uma das casas dessa região, que hoje vende souvenirs, oferece a subida até a sacada onde Michael Jackson gravou uma das cenas.

sacada michael jackson salvador pelourinho

Em um dos lados desse largo está a Fundação Casa Jorge Amado (prédio azul) e o Museu da Cidade, ao lado. Jorge Amado é uma das maiores expressões da literatura brasileira. O museu conta um pouco da sua história, de seus livros e das adaptações cinematográficas de seus enredos.

A Fundação abre de segunda à sexta, das 10h às 18h, e aos sábados, das 10h às 16h. O ingresso custa R$ 5. Às quartas, é gratuito para todos.

Já o Museu da Cidade (prédio amarelo) tem artefatos dos mais variados tipos para contar a história de Salvador, passando pela religião à cultura, literatura, arte e música. O funcionamento é de segunda à sexta, das 9h às 18h, aos sábados, das 13h às 17h, e domingos, das 9h às 13h. A entrada é gratuita às quintas.

O que fazer em Salvador: Igreja e Convento de São Francisco

A Igreja de São Francisco também fica no centro histórico de Salvador, mas merece um tópico a parte pela beleza do lugar (embora esteja um pouco mal conservada, o que é uma pena e, infelizmente, a realidade de tantos lugares históricos e importantes no Brasil).

As duas estruturas (igreja e convento) foram construídas entre os séculos XVII e XVIII e são uma das maiores expressões do barroco brasileiro. Tombadas pelo Iphan, são também classificadas como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo.

No largo a sua frente, encontra-se uma cruz de mármore. Ela foi erguida entre 1805 e 1808.

O que fazer em Salvador: Solar do Unhão e Museu de Arte Moderna

Há ainda dois pontos que vale a pena conhecer em Salvador. Saindo um pouco do centro, há o Solar do Unhão, que hoje abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia. É um dos lugares mais recomendados para se ver o pôr do sol na cidade.

A construção é do século XVII. Trata-se de um antigo casarão, com cais e capela privativa, etc. Várias famílias passaram pelo local, mas o nome de Solar do Unhão deve-se, provavelmente, porque o primeiro residente era o desembargador Pedro Unhão Castelo Branco.

Quando visitei o local, não havia nenhuma exposição no MAM. Pude conhecer apenas a arquitetura por dentro. Mas, mesmo se não houver nenhuma obra exposta, vale a visita pelo casarão e, principalmente, se você for no fim de tarde para ver o pôr do sol na Baía de Todos os Santos.

O que fazer em Salvador: Dique do Tororó e Arena Fonte Nova

Confesso que de todos os lugares que citei neste post, o Dique do Tororó foi o que menos me impressionou. Inclusive, se não tivesse visitado, não teria feito muita diferença. Mesmo assim, é um local interessante para ir se você tiver um pouco mais de tempo em Salvador – como eu tive.

Trata-se do único manancial da cidade tombado pelo Iphan. Na água, há oito esculturas de orixás, instaladas em 1998 e assinadas pelo artista plástico Tati Moreno.

Em um de seus extremos, há a Arena Fonte Nova. Se você gosta de futebol, pode assistir a um jogo por lá ou fazer o tour de visitação, que funciona de sexta a domingo, das 9h às 16h (exceto em dias de jogo). O ingresso custa R$ 30.

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O Dique do Tororó fica praticamente em frente à Arena Fonte Nova (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Cuidados com segurança

Como toda grande cidade brasileira, a problemática da segurança é sempre uma constante. Em Salvador não seria diferente. Há seus pontos perigosos, sim. Mas, pelo menos comigo, nada aconteceu e não me senti insegura em nenhum momento.

Mas é claro também que fiquei todo o tempo atenta, prestando atenção ao redor, não transitei em ruas desertas e nem caminhei muito durante a noite. Aqueles cuidados básicos que devemos ter em qualquer lugar, ainda mais no Brasil.

Mesmo assim, em alguns lugares, como no Pelourinho, algumas pessoas vinham dizer para tomar cuidado com a câmera e com o celular, devido ao número de roubos e furtos na região. Fica o alerta! Mas nada que você provavelmente não saiba e não esteja acostumado, se mora no Brasil, hehe.

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