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Como é passar pela imigração no Marrocos?

Entrei e saí do país pelo Aeroporto Internacional Mohammed V, em Casablanca, e relato minha experiência neste post.
Entrei e saí do país pelo Aeroporto Internacional Mohammed V, em Casablanca, e relato minha experiência neste post.
mesquita hassan II casablanca

Estive no Marrocos em uma passagem curta neste ano, apenas uma escala de um dia que me permitiu conhecer Casablanca antes de seguir viagem até Portugal – meu destino final. Portanto, cheguei e saí pelo Aeroporto Internacional Mohammed V e tive de encarar os processos imigratórios normalmente. Neste post, vou contar como foi passar pela imigração no Marrocos.

Lembrando que, neste post, vou relatar a minha experiência de imigração no Marrocos. Portanto, não significa que todas as pessoas vão ter o mesmo tratamento ou encarar as mesmas situações. Assim como trata-se de um relato a respeito do aeroporto de Casablanca. Não sei se todos os aeroportos do país adotam o mesmo sistema.

Chegando em Casablanca

Vamos começar pelo começo, hehe. Logo no desembarque, ao pousar em Casablanca, já se formou uma longa e demorada fila para poder sair do avião. Isso porque, assim que você literalmente pisa na área do aeroporto, é preciso passar por um primeiro raio-x e uma primeira revista.

Há uma máquina de raio-x que funciona exatamente como em qualquer aeroporto. Você deixa sua bagagem/mochila na esteira e ela passa pelo scanner, enquanto você passa pelo raio-x “de pessoas”.

Confira também todas as dicas no vídeo do Arruma Essa Mala 👇

A questão é que, logo após passar pela máquina de raio-x, há também uma revista manual dos seus pertences. Eu estava apenas com uma mochila, que constava uma muda de roupa, uma necesseire, uma escola de cabelo, documentos/dinheiro e as minhas câmeras (levei duas para a viagem).

Eles retiram absolutamente tudo da tua mochila/bagagem (ao menos da minha, do meu namorado e de todos que estavam passando naquele momento junto comigo foi assim). E, no meu caso, foi ainda pior, pois eles encrencaram com o fato de eu estar viajando com duas câmeras.

Começaram a perguntar o que eu estava fazendo no país (expliquei que era uma escala e que iria aproveitar para turistar na cidade durante aquele um dia). Perguntaram se eu era jornalista (respondi que sim; afinal, sou). Perguntaram, de novo, o que eu estava fazendo no país e se eu, realmente, iria só fazer turismo. Respondi, novamente, que sim.

Além disso, quem acompanha o canal no Youtube, sabe que tenho também um microfone para poder gravar os vlogs. Eles também encrencaram com isso. O cara que estava na revista manual chegou a chamar o supervisor dele para que mais gente avaliasse o microfone e aprovasse a entrada dele no país (ou não).

Ah, eles também perguntaram se eu estava levando um drone (não estava). Não sei como é a lei do Marrocos com relação a drones, mas, se você pensa em levar um, sugiro pesquisar bem. Pois, se perguntaram, é provável que não seja tão simples assim para poder entrar com esse tipo de equipamento.

No fim, foi tudo liberado e “aprovado” neste primeiro raio-x/revista.

Porém, logo na sequência eu precisei passar por uma revista feminina manual. Meu namorado passou por uma revista feita por um homem no corredor do aeroporto, e eu precisei entrar em uma espécie de cabine, toda fechada. Lá dentro, havia uma policial mulher que me pediu para retirar o casaco e me apalpou MUITO. Uma situação completamente desconfortável e invasiva. Ela apertou meus seios e no meio das minhas pernas, if you know what I meanSensação horrível e desnecessária. Mas, ok, seguimos.

Dali seguimos para a área de imigração no Marrocos propriamente, em que tivemos de preencher o formulário para entregar ao agente. As perguntas tendem a ser padrão para qualquer país: nome completo, número de passaporte, país de origem, país para onde está indo, quanto tempo vai viajar naquele país, onde vai ficar hospedado, etc.

Ao chegarmos na cabine com o agente de imigração, ele nos solicitou o passaporte e o documento preenchido. Como iríamos ficar hospedados aquela noite em um Airbnb, colocamos apenas o endereço da casa da pessoa. O agente questionou a informação e perguntou se era um hotel. Expliquei que era um Airbnb. Ele ficou bem confuso (pareceu não entender o que era). Eu, então, entreguei o comprovante de reserva. Ele ficou alguns minutos olhando e re-olhando o documento e mexendo no sistema. Até que ele aceitou a hospedagem e carimbou nosso passaporte, permitindo a entrada no Marrocos.

Ao sairmos dessa área da imigração no Marrocos, foi preciso mostrar o passaporte novamente para um outro agente. E, antes de sairmos da área de desembarque, foi preciso passar por mais um raio-x das nossas bagagens. Esse foi mais simples e não implicou tanto com o que eu estava levando. Mas também retirou praticamente tudo o que tinha dentro da minha mochila e também ficou bem “confuso” a respeito do meu microfone, analisando bem – porém, não chamou o supervisor, hehe.

Assim, enfim, adentramos à “área comum” do aeroporto e pudemos seguir nossa viagem!

casablanca marrocos
Bandeiras do Marrocos estão por todos os lugares (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Saindo de Casablanca

Como mostrei no vídeo do Arruma Essa Mala que está mais acima neste post (assiste a ele também), o meu retorno ao aeroporto de Casablanca, após conhecer a cidade, foi via trem.

O trem para exatamente no aeroporto mesmo, no subsolo. E, para poder adentrar o aeroporto, você precisa passar por um primeiro raio-x logo na saída da estação. Foi um raio-x muito mais simples do que os da entrada no país, e eles não tiraram tudo o que tinha dentro da minha mochila, nem questionaram os equipamentos.

O funcionamento é simples: esperar na fila a sua vez, mostrar o passaporte e a passagem aérea para o fiscal, e passar a sua mochila/bagagem na esteira do raio-x.

Não sei se todos os aeroportos do Marrocos são assim, mas no de Casablanca, você só entra se for realmente embarcar.

Uma vez dentro do aeroporto, fizemos o check-in e fomos para a sala de embarque.

Novamente, tivemos de passar por um raio-x (mas esse também foi super tranquilo). Na sequência, chegamos no setor de imigração no Marrocos.

E aí vem um exemplo de como os tratamentos são diferentes: enquanto o meu namorado, ao meu lado, apenas entregou o passaporte e o fiscal olhou e ainda fez uma brincadeirinha ao ver escrito Brasil (“ahhh, Brasil, Brasil!!”), o fiscal que me atendeu pegou meu passaporte e ficou olhando e me fazendo várias perguntas. Para onde eu estava indo, o que eu estava fazendo (se era turismo), quanto tempo ia ficar viajando. Perguntou até quanto dinheiro eu estava levando para a viagem (!). Sendo que eu estava SAINDO do país dele.

Essa foi a primeira triagem da imigração. Pois foi só depois dessa é que chegamos na cabine propriamente que o agente fez o carimbo de saída no passaporte – o que também foi tranquilo, sem nenhum questionamento.

Depois disso, adentramos na área de embarque e foi só esperar a hora de saída do voo 🙂

👉 Resumo deste post: a imigração no Marrocos é bem chatinha, ao menos em Casablanca. Mas, se você não estiver fazendo nada de errado, dificilmente algo irá acontecer (no caso, ser deportado ou apreenderem algo que você está carregando consigo). Vá com todos os documentos e munido de paciência, que tudo dará certo 🙂

casablanca marrocos
Casablanca vista do terraço da minha hospedagem (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

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