Janela do Céu, em Ibitipoca: tudo o que você precisa saber sobre a trilha em MG

A Janela do Céu é o lugar mais famoso de Ibitipoca, em Minas Gerais. E, justamente por isso, também é a trilha mais cobiçada e desejada pelos turistas que vão à região. Muita gente, aliás, só conhece e só quer ir para Ibitipoca para fazer a Janela do Céu.

Dito isso, neste post, vou explicar tudo o que você precisa saber para conhecer essa cachoeira com efeito de borda infinita. Onde fica, como chegar, como é a trilha, valores e muito mais!

Confira também todas as dicas no vídeo do Arruma Essa Mala 👇

Onde fica a Janela do Céu, Ibitipoca

A Janela do Céu é o topo de uma cachoeira de mesmo nome que fica dentro do Parque Estadual do Ibitipoca, na vila de Conceição do Ibitipoca. Essa localidade faz parte do município de Lima Duarte, em Minas Gerais.

Como o centro de Lima Duarte fica a 30km de distância de Conceição do Ibitipoca, você provavelmente só passará por lá para chegar ou ir embora do distrito.

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Outras atrações do Parque Estadual do Ibitipoca

O Parque Estadual do Ibitipoca conta com três circuitos. O Janela do Céu é o mais famoso, justamente em virtude da cachoeira de ‘borda infinita’. Mas nesse circuito também tem outras atrações, como o Cruzeiro e a Lombada (ponto mais alto do parque), além da Cachoeirinha.

Outro imperdível em Ibitipoca é o Circuito das Águas, com cachoeiras, mirantes e piscinas naturais. Destaque para a Cachoeira dos Macacos, o Mirante do Gavião, o Lago dos Espelhos, a Prainha e a Ducha.

O Circuito Pico do Pião, por sua vez, tem como atrativos o Poço do Campari, a Cachoeira do Encanto, a Cachoeira da Pedra Furada, as Ruínas da Capela no Pico do Pião e a Gruta dos Viajantes.

• Janela do Céu: 16km
• Circuito das Águas: 5km
• Pico do Pião: 11km

Quando ir à Janela do Céu, Ibitipoca

É possível fazer a trilha da Janela do Céu em qualquer momento do ano – até porque o parque está sempre aberto.

No entanto, se possível, dê preferência aos meses de outono e primavera. Isso porque, no verão, são os meses de maior precipitação. Ou seja, a chance de chuva é bem maior. Fora as trombas d’água.

Já no inverno as temperaturas ficam bem mais baixas. Leve em consideração que, no Circuito Janela do Céu, é onde você atinge o ponto mais alto de todo o Parque do Ibitipoca. Trata-se da Lombada, que está a 1.784 metros de altitude.

Embora sejam também os meses mais secos, a média mínima de Ibitipoca em junho, julho e agosto é 11 graus. Acrescente aí a altitude e o vento forte… e prepare-se para o frio! hehe

Quanto custa o ingresso para a Janela do Céu

O ingresso para o Parque Estadual do Ibitipoca é R$ 20 (dias de semana) e R$ 25 (fins de semana e feriados). O pagamento é feito na hora da entrada, apenas em dinheiro.

#DicaArrumaEssaMala: esses são valores referentes a 2021. Se você estiver lendo esse post em outra data, vale a pena dar uma conferida para saber se houve algum tipo de reajuste.

Há estacionamento no parque, ao custo de R$ 25 por veículo. Se você estiver de moto, o preço é R$ 20.

Algumas pessoas deixam o carro na estrada que leva até o parque. No entanto, existem muitas (muitas MESMO) placas de proibido estacionar ao longo da via. Sendo assim, fica por sua conta e risco deixar o veículo na rua caso não queira pagar o estacionamento.

Horário de funcionamento

O Parque Estadual do Ibitipoca funciona todos os dias, das 7h às 18h.

Em virtude da pandemia, está sendo obrigatório agendar previamente a sua visita – o pagamento é feito na hora, em dinheiro. Cada um dos circuitos tem horário diferente.

Para a Janela do Céu, os horários são: 7h, 8h e 9h. Além disso, existe um limite de 41 pessoas por horário.

Como é a trilha da Janela do Céu, Ibitipoca

O Janela do Céu é o circuito mais longo e mais difícil de Ibitipoca. São 16km com muitas subidas e descidas.

Além disso, o trajeto é circular. Ou seja, você inicia por um ponto, mas não retorna por ele. Claro, caso assim você deseje, pode fazer. Mas aí deixará de ver a paisagem e os atrativos do resto do circuito.

E, como a cachoeira Janela do Céu fica exatamente no meio do circuito (lá pelo km 7,5), não faz muita diferença retornar pelo mesmo lugar ou seguir o percurso.

Iniciando a trilha Janela do Céu, em Ibitipoca

O Circuito Janela do Céu inicia cerca de 500 metros após a entrada do parque e uns 800 metros antes do estacionamento. Ou seja, se você tiver deixado o seu carro no estacionamento do parque, terá de voltar um pouco do trajeto.

O fim da trilha, no entanto, é no estacionamento. E eu garanto que será o maior alívio da vida chegar logo no carro pra ir embora depois de caminhar 16km, hehe.

Voltando ao início da trilha… É bem fácil de encontrar quando começa, pois há várias placas indicando, tanto o Cruzeiro, quanto a Lombada e a Janela do Céu.

Indo até o Cruzeiro

O Cruzeiro é o primeiro atrativo do Circuito Janela do Céu. Trata-se de uma cruz bem alta. Do início da trilha até lá são cerca de 2,5km apenas em subida. Não é nada muuuuito íngreme, mas cansa.

A partir desse ponto, você já conseguirá ter uma vista panorâmica da Serra da Mantiqueira.

Isso, claro, se você tiver sorte com o tempo.

Aparentemente, é bem comum que os dias em Ibitipoca comecem bem nublados e com uma cerração super forte. E, como a trilha da Janela do Céu é muito longa (demoramos 9h30 pra fazer tudo, filmando e parando para fazer fotos), é recomendado começar no primeiro horário: 7h.

No nosso caso, a neblina só foi se dissipar perto das 11h. Ou seja, passamos umas 3h no maior perrengue! hehe Sem conseguir enxergar absolutamente nada, com um mega vento e muita umidade. Duvida? Então assista ao vídeo que está no começo desse post!

Lombada, o ponto mais alto do parque

Depois do Cruzeiro, você caminhará mais 1,3km até chegar na Lombada, que é o ponto mais alto do parque. Ali você estará a 1.784 metros de altitude.

Gruta dos Três Arcos e Gruta dos Moreiras

Entre a Lombada e a Janela do Céu, existem duas grutas das várias que existem espalhadas pelos circuitos de Ibitipoca. Eu, infelizmente, não tive tempo para explorá-las com mais calma.

A Gruta dos Moreiras foi a única que desviei do trajeto principal para ir conhecer pois foi uma forma de tentar fugir um pouco da umidade que vinha da névoa baixa.

Chegando na Janela do Céu

Da Lombada até a Janela do Céu são 2,9km em trechos majoritariamente planos ou em descida. É tudo super bem demarcado, com placas e também pegadas no chão indicando o caminho.

Ou seja, basta ir prestando atenção no caminho que você encontrará facilmente os atrativos.

Ao chegar na Janela do Céu, existe uma escada de madeira. Descendo, você verá primeiro um mirante. Depois, aí sim, você chegará à cachoeira!

Algumas observações importantes:

• não existe muito espaço livre para ficar sentado contemplando a paisagem. São poucas as pedras disponíveis. E, se você for em fins de semana e feriados, é bem provável que fique tudo lotado bem rápido.

• aliás, há relatos de filas intermináveis em dias mais lotados em Ibitipoca para tirar a foto na borda infinita. Gente que esperou de 2h a 3h para fazer o registro… Sendo assim, se possível, dê preferência aos dias de semana.

• não chegue muito perto da borda da cachoeira! Já rolou um acidente grave em 2016, de uma turista que caiu. Por sorte, ela não morreu, mas se machucou muito feio. Existe uma corrente demarcando o limite seguro, assim como várias placas. Então, respeite!

• se você não quiser se molhar por completo para tirar a famosa foto, a dica é atravessar a pedra central e ir caminhando pelo lado direito, se segurando nas pedras laterais. A água vai bater na altura do seu joelho, mais ou menos.

Cachoeirinha

A 400 metros de distância da Janela do Céu, fica a Cachoeirinha. Trata-se de uma outra cachoeira, que a gente acessa por baixo. Ou seja, a gente vê a queda d’água.

Caso você queira se molhar, pode valer a pena deixar esse momento para a Cachoeirinha. Como a Janela do Céu sempre tem muito mais gente, optar por esse outro atrativo pode ser sinônimo de maior tranquilidade e privacidade.

Mas mesmo que esse não seja o seu objetivo, o lugar é super bonito e vale a pena visitar! Quando fui, ainda tinha um arco-íris lindo na queda d’água <3

Descida e hora de ir embora

Depois da Cachoeirinha, inicia a parte do circuito de retorno ao estacionamento do parque para ir embora. Ao longo dessa segunda parte, que dá uns 7km, mais ou menos, existem outros pontos de parada, como a Pedra Furada, o Poço Campari e a Cachoeira do Encanto. Oficialmente, eles fazem parte do circuito do Pico do Pião.

Porém, precisa ter bastante disposição e boa administração do tempo para conseguir conhecê-los. A gente passou por esse trecho de bifurcação era 16h já e ainda faltavam 2km de caminhada.

Sendo assim, não arriscamos e simplesmente seguimos descendo a trilha principal.

#DicaArrumaEssaMala: alguns trechos de descida nessa segunda parte do circuito são bem íngremes. Um deles em especial é apenas de terra, o que o torna bem escorregadio. Mesmo prestando bastante atenção, eu acabei caindo e batendo a minha bunda em uma pedra pontuda. Ficou um roxo gigantesco e mega dolorido por uns 15 dias. Por isso, cuidado!

Parte final da trilha

A reta final do Circuito Janela do Céu pega um pedaço do Circuito das Águas. Você obrigatoriamente irá passar pela Prainha e também verá um dos rios, além da ponte de madeira.

Caso tenha vontade, pode fazer pequenos desvios até o Lago dos Espelhos ou até mesmo a Ducha.

Como eu fiz o Circuito das Águas no dia seguinte, apenas admirei a paisagem e passei reto, hehe. Já que iria conhecer tudo aquilo com calma no outro dia.

Passando a Prainha, são mais uns 100 metros em subida até chegar na lanchonete e nos banheiros e, posteriormente, ao estacionamento.

Atrativos do Circuito Janela do Céu

• Cruzeiro
• Gruta da Cruz
• Lombada
• Gruta dos Três Arcos
• Gruta dos Moreiras
• Janela do Céu
• Cachoeirinha

O que levar para a trilha da Janela do Céu

• Tênis confortável e com solado bom ou bota específica para trilha
• Água
• Lanchinhos
• Protetor solar
• Repelente
• Boné e/ou chapéu
• Traje de banho
• Toalha

Boa parte da trilha da Janela do Céu é em mato aberto, sem nenhuma proteção solar. Por isso, é muito importante usar o protetor solar e cobrir também a cabeça usando algum acessório.

Também não esqueça de levar consigo todo e qualquer lixo que você produzir. Ao chegar na lanchonete, há lixeiras onde você pode descartar as embalagens usadas.

Como chegar em Ibitipoca

A forma mais rápida e prática para se chegar em Ibitipoca é de carro, seja o seu próprio ou um alugado.

Isso porque não existe linha direta de ônibus até lá. Seja saindo de Belo Horizonte, Rio de Janeiro ou São Paulo, você terá de ir até Juiz de Fora, depois até Lima Duarte e, por fim, pegar mais um ônibus até Conceição do Ibitipoca.

Com o carro, tudo fica mais fácil. Se você não tiver o seu próprio, recomendo alugar um. Garanto que a experiência será muito melhor. E, se você viajar com mais de uma pessoa, sairá até mais barato do que comprar a passagem de ônibus para os 3 trechos para todo mundo.

A plataforma que sempre uso nas minhas viagens para alugar carro é a RentCars. Nela, consigo comparar os preços e as vantagens oferecidas pelas melhores locadoras da região. Além disso, também sempre rolam vantagens exclusivas, como parcelamento em até 12x.

A capital mais próxima é o Rio de Janeiro, a 266km de distância (4h50). Já Belo Horizonte está a 321km (5h35), e São Paulo, a 443km (7h20 na estrada).

Onde ficar em Ibitipoca

Eu fiquei hospedada no Sítio das Hortênsias, um local super gostosinho a 3,5km da entrada do Parque Estadual do Ibitipoca. Todas as acomodações são chalés, com um quarto e cozinha americana (equipada com fogão, micro-ondas, frigobar e utensílios básicos), além do banheiro.

Todas as unidades também tem varanda com rede e lareira no interior. É tudo rodeado por natureza e os chalés são bem afastados uns dos outros.

Outras boas opções de hospedagem em Ibitipoca, com diárias variando entre R$ 200 e R$ 300 para duas pessoas, é o Repousada Chalés, a Pousada Janela do Céu e o Chalés Canto da Serra.

Para saber mais sobre as melhores pousadas em Ibitipoca, confira esse outro post do blog!

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