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O que fazer em Lima, no Peru, em 3 dias? Guia e roteiro completo pela capital peruana

Saiba o que conhecer em Lima, os principais pontos turísticos, como se locomover, melhores bairros para se hospedar, quando visitar e mais!
Saiba o que conhecer em Lima, os principais pontos turísticos, como se locomover, melhores bairros para se hospedar, quando visitar e mais!
centro histórico de lima

Lima é uma cidade encantadora! Para quem é apaixonado por cidades, como eu, com certeza precisa dedicar alguns dias para conhecer com mais calma tudo o que a capital do Peru tem a oferecer para além do centro histórico. Mas o que fazer em Lima?

Já adianto que fiquei três dias e meio na cidade, mas saí com vontade de ter ficado mais. Com certeza deixei de conhecer e experimentar muita coisa.

Neste post, vou contar como foi o meu roteiro e tudo o que é possível conhecer em três dias (e meio!) em Lima, capital do Peru. Além das tradicionais dicas de hospedagem e locomoção e um pouco da história da cidade. Bora?

Por que conhecer Lima?

Boa parte dos turistas que viajam ao Peru tem como destino Machu Picchu. Com isso, acabam focando em Cusco e arredores, ignorando a incrível capital. Lima, portanto, acaba sendo apenas uma porta de entrada para a região andina.

Mas, se você gosta de cidade, como eu, reserve, pelo menos, os mesmos três dias inteiros que eu tive em Lima. É o mínimo para se conhecer as três principais regiões da capital: Centro, Miraflores e Barranco. Cada uma dessas áreas guarda um encanto, uma arquitetura e uma história completamente diferente.

Lima é uma cidade onde você poderá ver prédios modernos, construções coloniais e ruínas incas preservadas, tudo isso misturado em um só lugar!

Quando conhecer Lima?

Lima é uma cidade para se conhecer o ano inteiro. Sua temperatura não costuma variar muito. Mesmo nos meses de verão, a máxima média é de 28ºC. A mínima média é 19ºC.
No inverno, claro, a temperatura diminui. Mas também não é tanto assim: costuma variar de 19ºC a 14ºC.

Lembrando que essa é apenas uma média. Isso não significa que, quando você for viajar, as temperaturas serão obrigatoriamente essas. A dica é sempre conferir, alguns dias antes do começo da sua viagem, como está a previsão do tempo no local.

Lima também não é uma cidade com muita chuva. Isso ocorre devido a um fenômeno da natureza: a corrente marítima de Humboldt, que faz com que as nuvens descarreguem a umidade no mar, antes de chegar na terra. No inverno, no entanto, não tem chuva, mas costuma ter bastante neblina e garoa.

orla de lima
As praias de Lima, no oceano Pacífico (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Onde ficar hospedado?

Há três bairros ‘principais’ em Lima: o Centro, Miraflores/San Isidro e Barranco. Todos contam com boas hospedagens, mas decidir onde ficar depende de como será a sua viagem.

Miraflores é o lugar clássico para se hospedar. O bairro é o polo comercial de Lima e há uma vasta rede hoteleira. Os principais hotéis da cidade estão por lá.

No entanto, fica um pouco distante do Centro (cerca de 9km).

Caso você vá ficar pouco tempo em Lima e for focar o seu roteiro apenas no centro histórico, o melhor é se hospedar pelo Centro mesmo, por questão de logística.

Também é por lá que se encontram alguns dos locais mais baratos de hospedagem, caso seu objetivo seja economizar.

O Barranco, por sua vez, é a opção menos óbvia de hospedagem. Mas também é um bairro legal, com suas construções de estilo colonial, e fica colado em Miraflores. O lado negativo é que é ainda mais longe do Centro: cerca de 12km.

Confira opções de hospedagem em cada bairro e os valores! Ou pesquise você mesmo no mapa abaixo:

Booking.com

Um pouquinho de história

Lima é a capital e a maior cidade do Peru. Sua região metropolitana é a terceira mais populosa de toda a América Latina, atrás de São Paulo e Cidade do México. Cerca de um terço da população nacional vive na sua área metropolitana.

Lima foi fundada pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro em 18 de janeiro de 1535, como Ciudad de los Reyes. Antes da chegada dos espanhóis, a região era ocupada por assentamentos incas.

Em 28 de julho de 1821, foi proclamada a independência do Peru pelo general José de San Martín, libertador também de Argentina e Chile. Suas tropas derrotaram as forças monarquistas. No entanto, a independência total da Espanha veio apenas em 1824, após intensas batalhas.

rochedo de miraflores

Em 1866, Peru e Espanha voltaram a entrar em guerra, dessa vez pela ocupação espanhola das ilhas Chincha, ricas em guano (um fertilizante poderoso que é exportado até hoje para todo o mundo).

De 1879 a 1883, houve a Guerra do Pacífico, entre Chile, Bolívia e Peru. O motivo era uma disputa pelo controle de jazidas de nitrato no norte do deserto do Atacama. Nesse período, Lima foi invadida por tropas chilenas. A cidade foi saqueada, incendiada e houve bloqueio do porto.

Quem venceu a guerra foi o Chile, que tomou parte do território do Peru e da Bolívia – que acabou, inclusive, perdendo seu acesso ao mar e se tornou um país mediterrâneo.

Entre 1941 e 1942, houve uma nova guerra, desta vez, contra o Equador, o que gerou um novo período de escassez. A partir de 1960, o Peru viveu tempos de emigração em massa do interior para a capital, o que provocou um crescimento desordenado e vários problemas que são semelhantes ao que vivemos aqui no Brasil.

Na segunda metade do século XX, o Peru viveu momentos de Ditadura e de Democracia, com muitos conflitos entre militares e guerrilheiros.

Como se locomover por Lima?

Lima é uma cidade que não conta com metrô no seu sistema de transporte público, o que dificulta um pouco para se locomover por transporte público.

A única opção são os ônibus e as vans – muitas em péssimo estado de conservação. Pode (e será) confuso entender qual linha pegar para qual destino, uma vez que não há mapa ou informação nas paradas.

Em boa parte desses veículos ainda há uma pessoa que fica pendurada porta afora gritando para as pessoas o destino e tentando convencê-las a entrar no ônibus ou van.

transporte público lima

Embora o valor seja barato e seja uma verdadeira experiência de como vivem os locais, não recomendo a utilização, a menos que você for ficar muito tempo na cidade e aprenda direitinho como se locomover no transporte público. Caso contrário, pode acabar sendo uma furada.

Minha dica, portanto, é: ande bastante a pé. Escolha uma hospedagem (ver tópicos acima!) que facilite a sua locomoção e aproveite para caminhar pelas belas ruas de Lima.

Eu estava hospedada em Miraflores e utilizei táxi duas vezes apenas, para ir ao Centro. O valor não é caro, ainda mais se você estiver em mais de uma pessoa e puder dividir o valor.

Porém, é bom ficar atento: não há taxímetro nos táxis de Lima. Você terá de informar o destino para o motorista, que lhe informará o valor. Recomendo que você pergunte para alguém antes de pedir o táxi qual é o valor padrão da corrida que você quer fazer – seja para o seu anfitrião de casa, para o recepcionista do hotel ou mesmo para qualquer comércio na redondeza. Assim, você terá uma ideia de quanto custará o trajeto e evitará algum eventual golpe.

Você também pode solicitar um carro via aplicativo. Uber e Easy Taxi funcionam na cidade e podem ter valores mais baratos. Vale conferir e comparar os preços antes de pedir um táxi.

O que conhecer em três dias em Lima? Meu roteiro completo

Há muito mais o que se conhecer em Lima do que o que pude ver nestes três dias e meio de viagem. Alguns locais vou acrescentar neste tópico, mas não pude conhecê-los – nestes casos, vou identificar que não visitei, mas que fiquei morrendo de vontade.

Eu sou uma fã de conhecer as cidades caminhando. Vira e mexe se entra em uma rua não conhecida e se depara com um mural na parede, uma casinha charmosa, um bar diferentão, uma vista incrível… Por isso, mais do que os atrativos que elenco abaixo, minha dica principal para conhecer Lima é: caminhe! Permita-se conhecer a cidade, observar o seu funcionamento e tentar entender como as pessoas vivem naquele local.

Dito isso, vamos lá:

O que fazer em Lima: dia 1

Cheguei pela manhã em Lima, por volta das 9h. Por esse motivo, como acabei perdendo parte da manhã, decidi conhecer, no meu primeiro dia, o bairro de Miraflores, onde estava hospedada. Assim, deixei a mala no hotel e corri para conhecer tudo a pé!

Mais do que lugares em específico para entrar ou visitar, Miraflores é um bairro para se conhecer caminhando (assim como toda Lima em geral). Permita-se se perder pelas ruas e olhar com calma as diferentes construções, os belos casarões e o contraste com a maluquice do transporte público, o trânsito e a correria do dia a dia dos moradores.

Parque Kennedy e Iglesia de la Virgen Milagrosa

O Parque Kennedy foi minha primeira parada em Miraflores. É um pequeno parque bem florido, onde a população local circula e também aproveita para descansar nos bancos. Há vendedores de comida típica. É um local de passagem. Nos finais de semana, acontece uma feira de artesanato e arte.

À sua frente está a Iglesia de la Virgen Milagrosa, datada de 1939. Foi erguida sobre a velha igreja de San Miguel de Miraflores e o seu projeto é do arquiteto polonês Ricardo de Jaxa Malachowski.

Museu Casa Ricardo Palma

Ricardo Palma foi um dos maiores escritores peruanos. Foi ele, inclusive, quem reergueu a Biblioteca Nacional de Lima, da qual foi diretor entre 1884 e 1912. Esse museu funciona na casa onde Ricardo Palma viveu seus últimos anos de vida no século XX. E, como o próprio nome sugere, é um museu para conhecer mais sobre a história do escritor, além de ver a mobília e arquitetura da época.

Funcionamento: de segunda à sexta, das 9h às 12h45 e das 14h30 às 16h45.
Ingresso: 6 soles por pessoa (equivalente a R$ 7 no câmbio de maio de 2019).

Instituto Cultural Peruano Norteamericano (ICPNA)

O Instituto Cultural Peruano Norteamericano (ICPNA) é um centro cultural que promove cursos, principalmente, de língua inglesa. Ou seja, praticamente uma escola de línguas.

No entanto, costuma ter vários eventos culturais e artísticos, inclusive apresentações de dança e teatro. Para esse caso, é preciso conferir a programação.

Se estiver passando pelo local, vale ficar atento ao prédio, que é bem bonito e costuma ter obras de arte espalhadas pelo jardim.

Bosque El Olivar

O Bosque El Olivar fica já na região de San Isidro, na sequência de Miraflores. É um parque lindíssimo, super bem cuidado, grama bem aparada… Vale a pena conhecer! Foi declarado monumento nacional em 1959.

O nome do bosque tem origem na vinda de mudas de oliveiras ao Peru em 1560. Originárias de Sevilha, na Espanha, apenas três sobreviveram à viagem e elas foram plantadas em San Isidro. Ao longo dos anos, o número de oliveiras na região foi crescendo e, atualmente, há mais de 1.500 árvores neste bosque.

Eu visitei o Bosque El Olivar no fim da tarde, quando o sol já estava começando a se pôr. E a iluminação do parque fica linda demais! Recomendo!

Confira 5 lugares imperdíveis para se conhecer em Lima

Museu Amano

O Museu Amano foi um que, por falta de tempo, não consegui visitar. Fica na Calle Retiro, 160, em Miraflores. Trata-se de um museu têxtil pré-colombiano. Expõe a coleção particular do empresário japonês Yoshitaro Amano e é um bom local para conhecer um pouco mais da história e da cultura dos povos que habitavam o Peru antes da chegada dos espanhóis.

Funcionamento: de segunda a domingo, das 10h às 17h.
Ingresso: 30 soles por pessoa (equivalente a R$ 35 no câmbio de maio de 2019)

Huaca Huallamarca

O Huaca Huallamarca (ou Wak’a Wallamarka) é um sítio arqueológico localizado em San Isidro. É um lugar incrível, pois fica no meio de uma área habitacional, rodeado de prédios modernos.

Em Huaca Huallamarca se desenvolveram diferentes sociedades, desde 200 a.C. A pirâmide, no entanto, foi abandonada como um edifício público a partir do ano 900 d.C. A conservação do piso indica aos pesquisadores que se tratava de um centro cerimonial pelas elites religiosas da época.

Há também uma área de tumbas, que mostra as mudanças nas práticas de sepultamento ao longo dos séculos e pelos diferentes povos que ocupavam o Peru.

Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h.
Ingresso: 5 soles por pessoa (equivalente a R$ 6 no câmbio de maio de 2019)

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Huaca Huallamarca é um sítio arqueológico em Lima (Foto: Reprodução)

Larcomar

À noite, aproveitei para jantar e beber uns bons drinks no famoso shopping Larcomar. São três terraços encravados nos rochedos de Miraflores, com vista para o oceano Pacífico. É uma construção única.

Trata-se de um shopping ‘normal’ – ou seja, conta com inúmeras lojas e praça de alimentação, com direito a muito fast food. O interessante do espaço é sua arquitetura e poder comer nos restaurantes que ficam de frente para o mar. Reserve, pelo menos, uma noite para ter essa experiência!

Funcionamento: as lojas abrem das 10h às 22h; os cafés e restaurante, das 8h às 00h.

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O Larcomar é um shopping na beira do oceano Pacífico (Foto: Divulgação)

O que fazer em Lima: dia 2

O segundo dia em Lima foi para conhecer o bairro do Barranco. Ele fica ao sul de Miraflores, também na costa. Até o século XIX, o Barranco era um povoado cheio de moinhos de vento, que passou a mudar quando a elite de Lima ‘descobriu’ a área e passou a construir suas mansões de veraneio.

É um bairro que preserva suas construções antigas e também as mescla com as novas construções e novas artes, como o Museu de Arte Contemporânea.

Museu de Arte Contemporânea

Saindo de Miraflores caminhando em direção ao Barranco, minha primeira parada foi no Museu de Arte Contemporânea. Quando fui, havia uma exposição do fotógrafo David LaChapelle. Como fã de Christina Aguilera que sou, ele dirigiu os icônicos clipes de Dirrty, Can’t Hold Us Down e The Voice Within, os três do álbum Stripped.

Sempre há diferentes exposições no museu, além do acervo fixo do MAC em uma das salas. Vale entrar no site e ver o que está rolando no período da sua viagem.

Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h (às sextas, fica aberto até às 20h)
Ingresso: 20 soles por pessoa (equivalente a R$ 23,70 no câmbio de maio de 2019)

museu de arte contemporânea lima
O Museu de Arte Contemporânea de Lima fica no Barranco (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Avenida Saénz Peña

A Av. Saénz Peña conta com vários casarões históricos e, ao fim dela, você chega em um mirante para a Playa Barranquito, mas você também consegue avistar mais ao longe outras praias da orla de Lima.

barranco lima
Não deixe de caminhar até o fim da avenida para ver os mirantes (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Avenida Grau

A Av. Grau também é uma avenida que você pode caminhar pelo Barranco e apreciar os antigos casarões. Um deles, chamado Rancho Rosell, fica na altura do número 426 e era uma casa de veraneio no século XX que sediava bailes luxuosos. Hoje em dia foi restaurada e segue sendo utilizada para eventos privados.

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O Rancho Rosell é um dos prédios mais famosos da Av. Grau (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

La Ermita

O telhado de La Ermita foi todo destruído por um terremoto em 1940. Desde 1974, está completamente fechada à visitação devido, justamente, a essa destruição. É uma construção interessante e vale a pena passar pelo local.

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La Ermita é uma igreja destruída por um terremoto (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Puente de los Suspiros (Ponte dos Suspiros)

A Puente de los Suspiros fica ao lado da La Ermita e ela, diferente da igreja, sobreviveu ao terremoto.

Diz uma lenda que, quem cruza a ponte pela primeira vez prendendo a respiração, tem o seu desejo realizado.

O nome da ponte deriva de uma outra lenda, a de que uma moça teria se apaixonado por um varredor de rua e o seu pai teria proibido esse amor.

A moça, então, vivia na janela da sua casa suspirando na esperança de poder rever o rapaz.

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Bajada de los Baños

A Bajada de los Baños é uma rua que passa por baixo da Puente de los Suspiros e foi construída em 1870. Há várias casas e casarões antigos, que eram de veraneio entre os séculos XIX e XX. Atualmente, são hotéis, pousadas, hostels, cafés, restaurantes e, claro, algumas são casas particulares.

Mirador Catalina Recavarren

O Mirador Catalina Recavarren fica na sequência da Rua Ermita, ao lado da Bajada de los Baños. Trata-se de um mirante com uma bela vista para a orla de Lima e o oceano Pacífico.

Mirador Catalina Recavarren
Ao passear pelo Barranco, vá até o Mirador Catalina para ver o mar! (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Parque Municipal

O Parque Municipal é a praça principal do bairro do Barranco. Foi inaugurado em fevereiro de 1898 e é circundada por alguns prédios importantes, como a Biblioteca Municipal e a Igreja da Santíssima Cruz.

Aos fins de tarde, artistas costumam expôr suas obras no local. Aos fins de semana, acontecem eventos gastronômicos. Sempre há muito movimento de moradores. É um bom local para sentar, descansar e aproveitar para ver um pouco da rotina do bairro.

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O Parque Municipal do Barranco é ponto de encontro de moradores (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Museu Mario Testino (MATE)

Tá aí um grande arrependimento meu nesta viagem para Lima: ter passado na frente do Museu Mario Testino, entrado, ter ficado com vontade e, por questões orçamentárias, não ter pago o ingresso. É liberado o acesso à área comum da casa, o café e a loja (que é uma graça!).

Mario Testino é um dos maiores fotógrafos do mundo. Ele é peruano e eu sou completamente apaixonada pelo trabalho dele. Se você também gosta de fotografia, não faça como eu e entre no museu! hehe

Além de ser um museu com exposições fixas da obra de Testino e com exposições temporárias, o MATE é um centro cultural que promove uma série de workshops e cursos – especialmente para crianças e adolescentes.

Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h30.
Ingresso: 25 soles por pessoa (equivalente a R$ 30 no câmbio de maio de 2019).

desconto se for feita uma compra conjunta para o MATE e o OSMA (ver tópico a seguir): 44 soles (R$ 52,30). O combo MATE+OSMA+MAC sai a 52 soles (R$ 61,80). Caso você pretenda visitar esses museus, vale muito mais a pena essa compra casada.

museu mario testino lima
Mario Testino é um dos mais famosos fotógrafos peruanos (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Museu Pedro de Osma (OSMA)

O Museu Pedro de Osma funciona em uma das mansões mais antigas do Barranco e que pertencia à família Osma. O museu expõe mobiliário colonial e obras de arte da Escola de Cusco com imagens andinas. Também estão expostas esculturas religiosas. Nos fundos da mansão há uma outra casa em que estão expostas fotografias e os aparelhos de jantar da família Osma.

Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h.
Ingresso: 30 soles por pessoa (equivalente a R$ 35,60 no câmbio de maio de 2019). No primeiro domingo do mês, o valor fica 5 soles para todos os visitantes.

Há desconto se for feita uma compra conjunta para o MATE e o OSMA (ver tópico anterior): 44 soles (R$ 52,30). O combo MATE+OSMA+MAC sai a 52 soles (R$ 61,80). Caso você pretenda visitar esses museus, vale muito mais a pena essa compra casada.

Com os atrativos do Barranco todos visitados, voltei para Miraflores a pé pelo Circuito de Playas, uma grande avenida que passa na orla de Lima. Aproveitei e parei para conhecer as praias da cidade. Uma curiosidade: elas não tem areia e, sim, pedras!

Consegui pegar o pôr do sol no Parque del Amor (Parque do Amor), em Miraflores, um lugar incrível com bancos em mosaico que lembram o trabalho de Gaudí no Parc Güell, em Barcelona. No centro da praça há uma escultura de um casal de beijando – El Beso, do artista Victor Delfín.

parque del amor lima
Não deixe de visitar o Parque del Amor ao pôr do sol! (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

O que fazer em Lima: dia 3

Deixei a parte mais tradicional de Lima para o final: o centro histórico. Desta vez, como estava hospedada em Miraflores, tive de pegar um táxi até o Centro. O valor não foi caro, a se considerar ainda que estava em duas pessoas e que o transporte público em Lima não é lá dos mais organizados.

Você vai precisar de, no mínimo, um dia para conhecer o Centro. Porém, recomendo que você vá dois dias, caso consiga.

Eu fui no meu terceiro dia e regressei na manhã do meu quarto dia, uma vez que seguiria viagem apenas no meio da tarde.

Vamos lá: o que fazer no centro histórico de Lima?

Plaza Mayor

Como toda cidade de colonização espanhola, há uma Plaza Mayor no centro do centro histórico. Em Lima não é diferente. É por lá que você pode começar o seu roteiro.

Foi na Plaza Mayor que Francisco Pizarro fundou Lima. O local também foi palco de uma série de eventos históricos, como a execução de condenados pela Inquisição espanhola e a declaração de independência do Peru em 1821.

No centro da praça há uma fonte de bronze. É o seu elemento mais antigo, datada de 1651.
Ao redor da Plaza Mayor há alguns dos principais prédios do centro, como a Catedral, o Palácio Arzobispal, a Municipalidad (Prefeitura) e o Palacio de Gobierno (Palácio de Governo).

plaza mayor lima
A Plaza Mayor é a praça principal da cidade (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Catedral de Lima

A Catedral de Lima passou por várias reconstruções, seja por remodelações arquitetônicas ou por causa de terremotos. Sua construção começou em 1564, mas foi interrompida por falta de recursos e pelos terremotos de 1687 e 1746.

Ela foi encerrada em 1758, mas precisou ser refeita novamente após o terremoto de 1940.

No seu interior está o túmulo de Francisco Pizarro, o conquistador do Peru e fundador de Lima.

  • Funcionamento: de segunda à sexta, das 9h às 17h; aos sábados, das 10h às 13h.
  • Ingresso: 10 soles por pessoa (equivalente a R$ 11,90 no câmbio de maio de 2019)
catedral de lima

Palácio Arzobispal

O Palácio Arzobispal é a casa do arcebispo de Lima e foi reconstruído em 1924. Sua fachada conta com sacadas em estilo mourisco. Eu não cheguei a entrar, mas é possível visitar o seu interior.

  • Funcionamento: de segunda à sexta, das 9h às 17h; aos sábados, das 10h às 13h.
  • Ingresso: 20 soles por pessoa (equivalente a R$ 23,70 no câmbio de maio de 2019)
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O Palácio Arzobispal é a casa do arcebispo de Lima (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Palacio de Gobierno

O Palacio de Gobierno é a residência do presidente da República do Peru. Ele foi remodelado e inaugurado em 1938.

Fica localizado em um dos pontos da Plaza Mayor, no centro de Lima.

O local foi construído originalmente pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro no terreno que pertenceu a Taulichusco, chefe pré-hispânico do vale do Rimac.

Não é possível visitar o seu interior, mas é um dos prédios imperdíveis de se avistar quando visitar a Plaza Mayor. Além disso, há troca de guarda todos os dias às 11h45.

Basílica e Convento de São Francisco

A Basília e Convento de São Francisco foi um dos locais mais legais que visitei no centro histórico. É possível conhecer apenas a igreja sem pagar ingresso. Mas o mais interessante mesmo está no museu, convento, claustro, catacumbas, etc.

A igreja original de barro e madeira, de 1557, foi destruída no terremoto de 1656. Sua reconstrução foi concluída em 1672. Sua fachada é de estilo barroco peruano do século XVII. Nos claustros, a decoração é de azulejos azuis originais de Sevilha, na Espanha.

Os pontos altos, além da bela arquitetura, são as catacumbas, uma vez que a igreja fica sobre uma rede subterrânea de túneis que era utilizada como cemitério no período colonial, e o quadro A Última Ceia, de 1656, em que os apóstolos comem cuyos (porquinhos-da-índia) e bebem em keros (taças incas).

  • Funcionamento: todos os dias, das 9h às 20h15; a igreja abre todos os dias das 7h às 11h e das 16h às 20h.
  • Ingresso: 15 soles por pessoa (equivalente a R$ 17,80 no câmbio de maio de 2019)

Basílica e Convento de Santo Domingo

A Basílica e Convento de Santo Domingo pode ser chamado de várias formas, basílica, convento, igreja, templo, monastério… você encontrará de todas as formas. Não confundir com a basílica e convento anteriormente citado. Este é pintado de uma tonalidade rosada.

A construção dessa igreja começou em 1540, após o conquistador espanhol Francisco Pizarro ceder o terreno para o frei dominicano Vicente de Valverde.

Um dos destaques deste local é a capela de Santa Rosa de Lima, a primeira santa das Américas.

  • Funcionamento: todos os dias, das 9h30 às 18h.
  • Ingresso: 10 soles por pessoa (equivalente a R$ 11,90 no câmbio de maio de 2019)

Plaza San Martín

A Plaza San Martín foi construída em 1921 para comemorar os 100 anos da independência peruana. No centro da praça, há uma estátua do general San Martín, o libertador.

Nessa estátua, aliás, abaixo de San Martín, há uma representação da Madre Patria (Pátria mãe) e um fato curioso.

Na cabeça dessa figura feminina há uma lhama (sim, o animal). Isso possivelmente aconteceu por uma confusão do artista que a criou, já que a solicitação era por uma coroa de chamas (llama, em espanhol).

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Plaza San Martín fica na região central de Lima (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Parque de la Exposición

O Parque de la Exposición é um parque lindo no centro que vale a pena visitar. Ele foi declarado Patrimônio Cultural da Nação em 5 de julho de 2006.

O parque foi criado para sediar a Exposição Internacional de Lima de 1872. Com isso, foi construído também o Palacio de la Exposición, que atualmente é o Museu de Arte de Lima.

Ao longo dos anos novos prédios foram sendo construídos e/ou incorporados ao espaço do parque, como o Pabellón Bizantino e o Ministério de Transportes e Comunicações (atualmente Museu Metropolitano de Lima), além do Museu de Arte Italiano.

Museu de Arte de Lima (MALI)

O Museu de Arte de Lima foi construído para sediar a Exposição Internacional de Lima de 1872, assim como o Parque de la Exposición. Conta com uma coleção de arte peruana com cerâmicas, tecidos antigos, joias, móveis e pinturas dos últimos 3 mil anos.

  • Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 19h (no sábado, só até às 17h)
  • Ingresso: 30 soles por pessoa (equivalente a R$ 35,60 no câmbio de maio de 2019)
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O Museu de Arte de Lima fica no Parque de la Exposición (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Museu de Arte Italiano

O Museu de Arte Italiano foi um presente da comunidade italiana em Lima ao Peru em 1921. A fachada do museu é de estilo renascentista, adornada com brasões de armas de cidades italianas, assim como mosaicos com figuras ilustres da história italiana.

Mais de 300 obras de cerca de 100 artistas italianos do século XX estão expostas no museu.

  • Funcionamento: de terça a sábado, das 9h30 às 16h30.
  • Ingresso: 6 soles por pessoa (equivalente a R$ 7 no câmbio de maio de 2019)
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O Museu de Arte Italiano foi um presente da comunidade italiana em Lima (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Parque de la Reserva e Circuito Mágico del Agua

Esse é um local não tão turístico assim em Lima e um dos que mais dei risada em toda a viagem. Trata-se de um grande parque com vários chafarizes, uns enormes, outros menores, uns que você pode passar por dentro, outro dedicado apenas às crianças e que você pode se molhar todo… Há um espetáculo de luzes também nos horários de 19h15, 20h15 e 21h30 – por isso, o ideal é visitar à noite.

O Parque de la Reserva foi inaugurado em 1929 em homenagem aos militares que lutaram na Guerra do Pacífico. E a ideia do Circuito Mágico del Agua veio em 2007 como forma de recuperar e revitalizar essa área pública da cidade.

Agora, e por que me diverti tanto? Na fonte infantil havia um “segurança” que cuidava para que as crianças não se machucassem (escorregassem na água e caíssem, por exemplo). E ele usava um megafone e era um só para dezenas de criança. “Niños, no corran” foi uma das frases mais ouvidas.

  • Funcionamento: de terça a domingo, das 15h às 22h30.
  • Ingresso: 4 soles por pessoa (equivalente a R$ 4,75 no câmbio de maio de 2019)

E aí chegou o fim da minha viagem por Lima. Era chegada a hora de me encaminhar para outras cidades (visitei Paracas, Nazca, Arequipa, Puno, Cusco e Águas Calientes).

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