A Serra do Rio Grande do Sul possui muitos outros lugares legais para conhecer que não apenas Gramado e Canela – os destinos preferidos de quem visita a região. Sabia, por exemplo, que, na cidade de Farroupilha, existe uma cascata de 56m e que é possível conhecê-la por diferentes ângulos, inclusive caminhando por trás dela? Pois é. Esse é o Parque do Salto Ventoso, que fica a 12km do centro de Farroupilha.
O lugar, inclusive, já foi cenário de minisséries, como O Quinto dos Infernos, e filmes, como o indicado ao Oscar O Quatrilho.
Vem comigo que neste post vou dar todas as dicas para conhecer esse lugar!
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Onde fica o Salto Ventoso
O Salto Ventoso fica a cerca de 12km do centro de Farroupilha, localizada na serra gaúcha. A cidade fica a 111km da capital Porto Alegre e a 84km de Gramado, destino preferido por quem visita o Rio Grande do Sul.
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A melhor forma de se chegar é com o seu carro. Como não é uma atração tão turística assim, foge dos roteiros básicos da maioria das agências de turismo. No entanto, há empresas que fazem, sim, o passeio, saindo, principalmente, de Porto Alegre. É preciso pesquisar e encontrar a melhor opção dependendo de onde você estiver saindo.
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Quanto custa
A entrada, em valores de setembro de 2021, custa R$ 10 por pessoa. A meia entrada, conforme as exigências da lei, custa R$ 5. E crianças de até 5 anos pagam R$ 2.
Horário de funcionamento
De terça-feira a domingo, das 9h às 17h.
Quando conhecer o Salto Ventoso
A vista é bonita em qualquer período do ano. E eu acho que o friozinho sempre dá um charme a mais. No entanto, é importante considerar que, para passar pela passarela por trás da cascata, você irá se molhar bastante. Talvez no frio não seja tão agradável assim a água gelada, hehe. No verão, com certeza, é um belo refresco!
O que fazer no Salto Ventoso
O principal atrativo do Salto Ventoso é a sua cascata de 56m de altura, sobre uma gruta de 200m de comprimento e 25m de altura. Há vários mirantes pelo parque em que você consegue ter diferentes vistas da queda d’água.
Faço o destaque para dois mirantes em especial. Um deles fica na estrada, um pouco escondido e, se você não estiver prestando atenção, pode passar batido. Mas é ali o único ponto em que você consegue avistar a cascata de frente. A imagem é linda! E também é o único ponto em que você pode ver a cascata sem pagar nada.
O outro mirante é o que faz o diferencial do Salto Ventoso: uma longa passarela que passa por trás da cascata! Você vai caminhando e observando a cortina de água que cai. É incrível!
Mas fica o alerta: são 56m de muuuuita água caindo! Ou seja, respinga para todos os lados. Ou seja, você vai se molhar, não tem jeito, hehe. No verão, a sensação é refrescante. No inverno, imagino que possa ser um tanto gelado, hehe.
De qualquer forma, se você não estiver na vibe de se molhar, sugiro levar capa de chuva e demais apetrechos à prova d’água – inclusive os eletrônicos para fazer várias fotos.
Demais atrações
O parque em si já é um ponto de calmaria em meio à natureza. É uma área verde bem vasta e é um bom local para caminhar em paz.
Uma pequena trilha leva às ruínas de um antigo casarão. Era a residência da família Aguiar, construída em 1950. A casa tinha cinco grandes quartos e dois espaçosos salões de festa, um deles com cozinha e banheiro. Hoje restam apenas pedaços da construção.
A área também já pertenceu ao Conde Paulo de Montravel, vice-cônsul da França no Rio de Janeiro.
Em 1885 foi cedida pelo Governo Imperial e, com o nome de Santa Marta de Soledade, era a maior sesmaria do Rio Grande do Sul, com 16 léguas.
Existe uma área com churrasqueiras em que é possível reservar o espaço – mediante pagamento, claro – e aproveitar o dia em família e/ou amigos por lá.
Há um restaurante, que serve almoço. Não sei se o cardápio segue o mesmo em todos os dias do ano, mas, quando fui, era um prato feito ao custo de R$ 20. A comida era bem simples, mas gostosa. A minha opção vegetariana veio com arroz branco, polenta e tortéi, além de um prato grande de salada. Aos carnívoros, havia opções de carne vermelha ou branca em substituição ao tortéi.
Além disso, eles vendem lanchinhos industrializados – como salgadinhos e bolachinhas.
História do Salto Ventoso
O Salto Ventoso é localizado em uma área de mata nativa. E, antes da colonização por imigrantes europeus, especialmente os italianos, era habitada pelo povo indígena Caingangue.
Obras de revitalização foram realizadas no parque em 2016. A área foi doada pelo casal proprietário à Prefeitura, e cerca de R$ 500 mil foram investidos pelo poder municipal.
No entanto, a exploração comercial do espaço é privado (como a cobrança do ingresso, o restaurante e o aluguel das churrasqueiras, por exemplo).
A contrapartida é de seguir investindo na conservação e melhorias da área. 15% do valor arrecadado com a bilheteria vai para o Fundo Municipal de Turismo de Farroupilha.
Além disso, a decisão por melhorar o espaço veio, principalmente, por motivos de segurança, uma vez que duas pessoas morreram no parque (em 2009 e 2013), de acordo com o jornal O Pioneiro. Na época, não havia gradeamento em lugar nenhum, e as pessoas, ao irem tirar fotos, acabaram escorregando e caindo.
Além disso, também não existia fiscalização ou regras, e o povo era muito zoeirinho ao ir visitar a região, tomava banho em área imprópria, fazia churrasco em qualquer lugar, estacionava o carro no meio do caminho, etc.
Hoje, tudo é super bem protegido e sinalizado!
E aí, já conhecia esse lugar na serra do Rio Grande do Sul? Me conta nos comentários!
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