O Museu do Louvre é parada obrigatória para quem viaja a Paris. Afinal, trata-se do maior museu de arte do mundo e também o mais visitado. E sua fama, claro, se justifica.
Fora o fato da construção ser absolutamente belíssima (antes de ser museu, era palácio real), alguns dos quadros e esculturas mais importantes do mundo estão no Louvre. Também há peças da Antiguidade, como o Código de Hamurabi, a Grande Esfinge de Tanis e o Escriba Sentado.
São aproximadamente 380 mil objetos no seu acervo, indo da pré-história até o século XXI. Além disso, eles estão expostos em 72 mil metros quadrados. Ou seja, é enooooorme!
Sendo assim, neste post vou te contar tudo o que você precisa saber a respeito do Museu do Louvre. Onde fica, quanto custa, principais obras, dicas para otimizar a sua visita, horário de funcionamento. E, claro, a história do local!
Dito isso, bora começar?
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Onde fica o Museu do Louvre
O Museu do Louvre fica na região central e mais movimentada de Paris. Além disso, está no 1º arrondissement, que é como são divididas as áreas da capital francesa.
Expliquei melhor o que são os arrondissements no post sobre hospedagem em Paris.
Os arredores do Museu do Louvre incluem o Jardim das Tulherias, o Museu d’Orsay, o Museu de l’Orangerie e o Palais-Royal.
História do Museu do Louvre
O museu está instalado no Palácio do Louvre, que foi originalmente construído nos séculos XII e XIII durante o reinado de Filipe II.
Nessa época, era um castelo. Afinal, estamos falando dum período medieval em que esse tipo de construção era mais utilizado do que palácios. Em virtude da expansão urbana, a funcionalidade de defesa da fortaleza foi se perdendo até que, em 1546, Francisco I decidiu converter esse castelo em residência principal dos reis franceses.
Curiosidade: existem restos dessa fortaleza visíveis no segundo subsolo do Museu do Louvre. Não há muitas placas indicativas, mas você conseguirá identificar.
Já em 1682, Luís XIV escolheu o Palácio de Versalhes para ser a residência oficial da corte. Sendo assim, o Palácio do Louvre se tornou um local para abrigar e exibir a coleção real de arte.
Além disso, durante a Revolução Francesa, no século XVIII, a Assembleia Nacional decretou que o Louvre deveria ser usado como museu para exibir as obras-primas do país. Sendo assim, o museu foi inaugurado oficialmente em agosto de 1793, inicialmente com apenas 537 pinturas e 184 objetos de arte.
O período napoleônico
O acervo do Museu do Louvre cresceu bastante durante o período napoleônico. Em resumo, a partir das várias batalhas e conquistas de Napoleão Bonaparte, os países derrotados acabavam ou saqueados ou em acordos para ceder obras para a França e, consequentemente, Paris.
Além disso, o famoso Arco do Triunfo do Carrossel, que fica entre o Museu do Louvre e o início do Jardim das Tulherias, foi construído por Napoleão entre 1807 e 1809. O objetivo, claro, era exaltar o seu exército e seus feitos.
O primeiro diretor do museu, Dominique Vivant Denon, foi nomeado por Napoleão e era seu consultor de arte particular.
Após esse período, governaram ainda Napoleão II e Napoleão III. E, sob Napoleão III, o Museu do Louvre adicionou 20 mil novas peças à coleção, sendo que mais de 11 mil foram compradas. Também há atualmente o setor de mobiliário do Louvre, que são os aposentos reais à época de Napoleão III.
As pirâmides do Louvre
Um dos pontos mais icônicos da arquitetura do Louvre é a sua pirâmide de vidro. E ela só foi construída em 1988, sendo finalizada no ano seguinte. Atualmente, é a entrada principal do museu.
Ao redor dessa pirâmide maior ficam três outras menorzinhas.
Há ainda uma quarta pirâmide no Louvre, que está no subsolo. Trata-se da pirâmide invertida do Louvre. Além disso, você não precisa pagar para conhecer apenas ela. Você pode acessá-la por meio da entrada do Carrossel – que fica em frente ao Arco do Triunfo, que mencionei no tópico anterior.
Quanto custa para visitar o Museu do Louvre?
O ingresso para o Museu do Louvre custa €17 por pessoa e inclui acesso a todas as exposições.
Recomendo comprar antecipadamente de forma online, assim você garante a sua entrada assim como a marcação de um horário. Eu fui logo no primeiro horário (9h) e achei ótimo.
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Se você deixar para comprar na hora, a entrada custa €15. Apesar de ser mais barato, não acho que valha a pena a economia por alguns motivos.
- o número de ingressos é limitado e pode ser que você tenha de ficar esperando muito na fila para entrar se for em algum dia mais movimentado.
- justamente o tempo de fila; como a entrada no museu é prioritária para quem comprou ingresso online, você vai gastar muito mais tempo esperando para poder entrar.
Além disso, a forma de pagamento aceita é apenas cartão de crédito. O Louvre – pelo menos por ora – não está aceitando pagamento via dinheiro em espécie.
Audioguia ou tour guiado
Caso você queira um audioguia para entender melhor as obras, pode alugar um ao custo de €5. Você pode comprar já junto com o seu ingresso e só retirar ele lá na hora.
Além disso, para uma experiência mais rica e completa, pode fazer o passeio com um guia. Dessa forma, você irá direto para as obras mais importantes e terá um panorama geral sobre todas elas. O passeio dura, em média, 3h e você pode garantir a sua vaga CLICANDO AQUI.
Que dia o Museu do Louvre é de graça?
Caso você viaje para Paris em meados de julho, saiba que poderá visitar o Museu do Louvre de graça. O local abre as portas para todos os visitantes no dia 14 de julho.
Nessa data, que é feriado nacional e celebra a Queda da Bastilha, todos podem adentrar gratuitamente e conhecer as obras de arte.
Além disso, a entrada é sempre de graça para menores de 18 anos e para menores de 26 anos residentes na União Europeia. Em ambos os casos é necessário documento comprobatório. E também precisa agendar horário de visita online – não pode só chegar no museu e entrar.
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Horário de funcionamento
O Museu do Louvre funciona de quarta a segunda-feira. Ou seja, fica fechado às terças-feiras.
Além disso, sexta-feira tem horário extendido, fechando apenas às 21h45. Sendo assim, confira dia a dia como abre o o Louvre:
- Segunda-feira, das 9h às 18h
- Terça-feira, fechado
- Quarta-feira, das 9h às 18h
- Quinta-feira, das 9h às 18h
- Sexta-feira, das 9h às 21h45
- Sábado, das 9h às 18h
- Domingo, das 9h às 18h
A última entrada é permitida até 1h antes do horário de fechamento. E o museu também fecha nos dias 25 de dezembro, 1º de janeiro e 1º de maio.
Seguro viagem obrigatório para a Europa
O seguro viagem é um dos documentos obrigatórios para poder entrar na Europa. Os países signatários do Acordo de Schengen (e a França é um deles) exigem uma apólice mínima de 30 mil euros para custear despesas médicas e hospitalares.
Além disso, mesmo que o documento não fosse obrigatório para poder viajar para a Europa, eu recomendo sempre que você faça seguro viagem. Isso porque imprevistos sempre acontecem, e uma fatura em euros ou em dólar não é lá muito agradável, né?
Fora que o seguro viagem auxilia em problemas de aviação também, como atraso e cancelamento de voo, extravio de bagagem, etc.
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O que tem de mais valioso no Louvre?
A obra de arte mais valiosa do Museu do Louvre certamente é Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Segundo uma matéria da Casa Vogue, especialistas levaram em conta o seu seguro e sua capacidade de atrair turistas para a França e estimaram que a pintura valha US$ 2,5 bilhões. No entanto, importante frisar que a obra não está (e provavelmente nunca estará) à venda.
A tela pequena, de 53 cm de largura por 77 cm de altura, retrata a esposa de Francesco del Giocondo. Daí o motivo de a Mona Lisa ser conhecida também como La Gioconda.
A obra foi pintada em Florença, na Itália, em 1503.
Principais obras do Museu do Louvre
O Museu do Louvre conta com centenas de obras importantíssimas. Abaixo listo as 15 mais relevantes e famosas.
- Grande Esfinge de Tanis (primeiro subsolo, ala Sully, sala 338)
- Escultura ‘Escriba Sentado’ (primeiro andar, ala Sully, sala 635)
- Código de Hamurabi (térreo, ala Richelieu, sala 227)
- Escultura ‘Vênus de Milo’ (térreo, ala Sully, sala 345)
- Esculturas ‘Escravo Morrendo’ e ‘Escravo Rebelde’, de Michelangelo (térreo, ala Denon, sala 403)
- Escultura ‘Vitória Alada de Samotrácia’ (primeiro andar, ala Denon, sala 703)
- ‘A Virgem das Rochas’, de Leonardo da Vinci (primeiro andar, ala Denon, sala 710)
- ‘São João Batista’, de Leonardo da Vinci (primeiro andar, ala Denon, sala 710)
- ‘Mona Lisa’, de Leonardo da Vinci (primeiro andar, ala Denon, sala 711)
- ‘As Bodas de Caná’, de Paolo Veronese (primeiro andar, ala Denon, sala 711)
- ‘A Coroação de Napoleão’, de Jacques Louis David (primeiro andar, ala Denon, sala 702)
- ‘A Liberdade Guiando o Povo’, de Eugène Delacroix (primeiro andar, ala Denon, sala 700)
- ‘A Rendeira’, de Johannes Vermeer (segundo andar, ala Richelieu, sala 837)
- ‘Retrato de Luís XIV’, de Hyacinthe Rigaud (segundo andar, ala Sully, sala 916)
- Esculturas ‘Cavalos de Marly’ (primeiro subsolo, ala Richelieu, sala 102)
Além disso, destaco a Galeria d’Apolo e a coleção de joias da Coroa Francesa (primeiro andar, ala Denon, sala 705) e os apartamentos de Napoleão (primeiro andar, ala Richelieu, sala 544). São dois setores do museu impressionantes e que mostram mais o lado real e imperial da história francesa.
Como explorar o Museu do Louvre
A primeira coisa que você precisa saber a respeito do Museu do Louvre é que será impossível ver tudo em uma única visita. Não tem como, esqueça, hehe.
Dito isso, o melhor é organizar a sua visita antes de ir ao museu. Dessa forma, você não perde tempo e não ficará completamente perdido pela infinidade de salas, acessos, andares, etc.
Existem várias maneiras de você organizar a sua visita. A mais comum e que faz mais sentido para uma primeira ida ao Louvre é anotar antecipadamente todas as obras que você quer conhecer, assim como o setor em que ela se encontra, andar e sala.
Assim você vai direto nos locais onde estão as obras que você quer ver. Também não corre o risco de “perder” de vista alguma que seja importante pra você no meio de tantas outras.
Outra opção para explorar o Louvre é separar por andar ou por setor. Por exemplo: ver só o primeiro andar. Ou só o segundo andar. Ou ainda só o setor Sully ou o setor Denon.
Por fim, você pode ainda optar por explorar apenas uma área temática, digamos assim. Renascimento italiano, mobiliário real, Egito Antigo, esculturas… e por aí vai.
Entradas do Museu do Louvre
Existem quatro entradas para o Museu do Louvre.
A principal e mais famosa delas, claro, é a da Pirâmide. Por ser a mais famosa, também é a que acumula mais fila. Mas se você comprar antecipadamente o ingresso pela internet (aproveite e garanta o seu aqui!), a fila anda super rápido. Eu entrei em uns 15 minutos.
A do Carrossel é a mais indicada se você quiser entrar rapidinho no museu. O acesso é subterrâneo, a partir de uma escada que fica ao lado do Arco do Triunfo. Você vai passar primeiramente por um shoppingzinho e vai ver a Pirâmide Invertida.
A terceira entrada é a Porte des Lions. No entanto, por essa entrada não tem locker pra poder guardar a mochila (obrigatório na visita ao museu). Sendo assim, se você estiver carregando alguma, não tente acessar por ela.
Por fim, a quarta entrada é a Richelieu, mas ela é reservada a grupos e visitantes que tenham membership cards. Ou seja, não é para turistas “comuns”, digamos assim, hehe.
Quanto tempo precisa para conhecer o Museu do Louvre
Como dito neste outro tópico, é impossível conhecer todo o Louvre em uma única visita. Mesmo se você passar o dia inteiro por lá.
Sendo assim, para ver as principais obras, reserve pelo menos umas 4h do seu dia.
Além disso, um sentimento particular que tive foi que, depois dessas 3h30-4h foi ficando bem cansativo. Afinal, é um local cheio de informações. É muita coisa pra assimilar, ver, interpretar, ler (eu busquei várias informações sobre os quadros na internet mesmo).
Então, além da parte física, de caminhar bastante e estar sempre de pé, a cabeça também começa a fritar um pouco.
Dito isso, acho que essas 4h é um bom começo para uma primeira visita. Depois, é sempre uma boa desculpa pra se voltar pra Paris, né? hehe
Locais para comer no Museu do Louvre
Uma forma de esticar o passeio pelo Louvre e conseguir descansar um pouquinho entre as muitas salas e obras é comer por lá. O museu conta com cafés e restaurantes. Alguns são bem caros, mas tem até um Starbucks, o que pode garantir um lanchinho mais econômico.
- Bistrot Benoit: fica no segundo subsolo, abaixo da pirâmide.
- Starbucks: fica no primeiro subsolo, no mezanino do setor Richelieu.
- Goguette: também fica no primeiro subsolo, no mezanino do setor Richelieu.
- Denon & Richelieu Takeaway Counters: fica no primeiro subsolo, no mezanino do setor Denon.
- Le Café Mollien: fica no primeiro andar, no setor Denon, próximo à sala vermelha de pintura francesa.
- Café Angelina: fica no primeiro andar, no setor Richelieu, próximo aos Apartamentos de Napoleão III.
Onde se hospedar em Paris
Paris é dividida por 20 arrondissements, que são divisões administrativas. É como se fossem distritos dentro da cidade, e cada um conta com os serviços públicos essenciais. Além disso, cada arrondissement tem seus bairros (em média, quatro).
As melhores regiões para se hospedar são perto do Louvre, Le Marais, Quartier Latin, arredores da Torre Eiffel, Champs-Élysées, Bastilha e Montmartre.
Confira no post especial sobre hospedagem em Paris os melhores hotéis em cada uma dessas regiões classificados por faixa de preço, além de opções econômicas.
Os melhores hotéis para ficar em Paris nos arredores do Museu do Louvre (parte mais central da cidade) são:
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2 comentários em “Museu do Louvre, em Paris: tudo o que você precisa saber sobre o museu mais visitado do mundo”
Olá Sra. Boa tarde. Sou Walter Romulo, artista plástico, moro no Rio de janeiro. Gostaria de fazer uma pergunta. Eu soube que o Louvre realizará uma exposição no mês de outubro próximo e que poderão expor artistas de outros países. A Sra. sabe algo a respeito para me informar ? Muito grato
Oi, Walter! Não sei, não :/ abs!