Inúmeras atividades e eventos culturais (alguns dos principais do país, inclusive), várias praias e ilhas com águas paradisíacas, casas antigas e super charmosas com arquitetura conservada, muita comida gostosa e cachaça… Essa é Paraty! Neste post, você encontrar um guia completo com todas as informações da cidade, história e o que fazer em Paraty.
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Um pouquinho de história de Paraty
São muitas as cidades histórias do período colonial brasileiro. Quando falamos delas, no entanto, normalmente pensamos primeiro nas que estão em Minas Gerais (Tiradentes, Ouro Preto, São João del Rei, etc). Mas Paraty também é uma delas. E uma extremamente importante para esse período da nossa história.
Paraty era um dos extremos do Caminho Velho, a primeira via aberta oficialmente pela Coroa Portuguesa para ligar a região mineradora em Minas Gerais e o litoral fluminense, ou seja, Paraty.
Essa cidade, localizada na região da Costa Verde do Rio de Janeiro, era, naquela época, o porto exportador mais importante do país. Era a partir de Paraty que nossas riquezas iam, de fato, embora.
A viagem por esse trecho da Estrada Real se estendia por mais de 1.200km e durava cerca de 95 dias. Isso na metade do século XVII.
Fim do ciclo do ouro e período atual
Com o fim do ciclo do ouro, Paraty passou a ter seus altos e baixos. Primeiro, decaiu.
Depois, com o ciclo do café, voltou a viver seus tempos áureos, especialmente por sua produção de cachaça – ponto forte da cidade até hoje.
Já no final do século XIX, com a construção de um caminho ferroviário entre Rio e São Paulo, Paraty voltou a perder importância econômica.
Hoje, vive muito em torno do turismo e de suas inúmeras atividades culturais e artísticas.
Além disso, Paraty se emancipou de Angra dos Reis em 1667. Segundo o site da prefeitura, Paraty foi a primeira cidade brasileira a ter sua autonomia política decidida por escolha popular.
Subsequentemente o conjunto arquitetônico e paisagístico de Paraty foi tombado pelo Iphan em 1958. E o município recebeu o título de Monumento Nacional em 1966.
Onde se hospedar em Paraty
O melhor local para ficar hospedado em Paraty certamente é no centro histórico, onde você consegue fazer tudo a pé e se locomover com transporte público. Fora que a vida noturna no centrinho é super movimentada e tem um charme diferente.
Estando hospedado nessa região, você consegue aproveitar a noite, os bares e beber os bons drinks de cachaça da cidade sem se preocupar 🙂
Os valores, no entanto, são um pouco mais caros na comparação com outras partes da cidade, como qualquer área bem localizada do mundo.
O preço mínimo médio do centro histórico é R$ 200 por casal. É por volta deste valor a maioria das hospedagens básicas. Depois, claro, há várias pousadas com mais conforto, estilo e benefícios, o que torna o preço mais alto.
Navegue pelo mapa de hospedagem abaixo e você conseguirá visualizar os valores por diária dos melhores locais em Paraty:
Booking.comSugestões de ótimas hospedagens no centro histórico:
Seguem algumas opções de boas hospedagens no centro histórico. Lembrando que todas as pousadas têm café da manhã e que todas ficam em construções de arquitetura colonial. Ou seja, mais um diferencial! Além disso, muitas contam com piscina, bar, restaurante, serviço de spa… Ah, e os valores são para duas pessoas.
- Pousada Casas do Pátio: opção mais econômica, a partir de R$ 209 a diária.
- Pousada do Cais: a partir de R$ 288 a diária.
- Pousada Arte Urquijo: a partir de R$ 403 a diária.
- Pousada da Marquesa: a partir de R$ 462 a diária.
- Pousada do Ouro: a partir de R$ 473 a diária.
Se você quiser opções mais econômicas de hospedagem, o ideal é pesquisar fora do centro histórico. Quando mais afastado você estiver, mais barato será a acomodação. No entanto, avalie se vale a pena a distância que você terá de percorrer, especialmente se estiver a pé e se estiver com bagagem para carregar.
O que fazer em Paraty
Mas, afinal, o que há para se fazer e se visitar em Paraty? Paraty é famosa por sua arquitetura colonial no centro histórico, com ruas de pé-de-moleque e casas coloridas, por seus eventos culturais ao longo do ano e também por suas várias praias e ilhas.
Mas não é só isso. Paraty também tem uma área mais “rural”, digamos assim, com cachoeiras e alambiques. Se você curte natureza, a cidade também oferece bons atrativos.
Vale destacar ainda que Paraty é bem mais do que apenas o centro histórico (que é o lugar mais famoso). Algumas das principais praias da cidade ficam de 20 a 25km de distância. Ou seja, pode preparar vários dias para explorar Paraty por completo!
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O que fazer em Paraty: Centro histórico
O centro histórico de Paraty é maravilhoso. Ele é pequeno e você pode conhecer tudo em um dia. Se for apressado (o que não recomendo), você pode conhecer em até um turno.
Minha sugestão é: caminhe pelas ruas sem rumo e vá descobrindo as lojinhas, os cafés, os restaurantes e, principalmente, a arquitetura da cidade.
Para os que gostam de história, existe um Free Walking Tour em Paraty. Ele acontece todos os dias (menos às quartas-feiras) em dois horários, às 10h30 e às 17h. Dura cerca de duas horas e o ponto de encontro é na Praça da Matriz.
Os Free Walking Tours pelo mundo funcionam a partir de contribuições voluntárias dos participantes.
Os guias podem sugerir um valor mínimo, mas é você que decide o quanto quer pagar pelo passeio.
Casa de Cultura
No centro histórico, existe a Casa da Cultura. Desde 2004, ela é gerida pela ONG Associação Paraty Cultural, composta por associações culturais, de bairros e outros moradores. Tem café, auditório, salas de exposição, sala de música e pátio. No segundo andar, tem sacadas com vista de cima da cidade.
Fica na Rua Dona Geralda, 194. A entrada é gratuita. O funcionamento é de terça à sábado, das 12h às 21h, e no domingo, das 16h às 20h. Não abre às segundas.
Praia do Pontal
Saindo do centro histórico e atravessando o canal por meio da ponte/rua Ten. Francisco Antonio, você vai chegar até a Praia do Pontal, a principal praia dessa parte de Paraty. Ela não é nem de perto a melhor praia da cidade, mas é a mais próxima.
A água é super calminha. Mas as pessoas costumam frequentá-la mais para curtir os vários restaurantes e bares à beira-mar do que propriamente pelo mar.
Museu e Forte Defensor Perpétuo
Seguindo até o fim da praia e subindo a Av. Jabaquara, você vai encontrar o início da pequena trilha de 5 minutos do Forte Defensor Perpétuo. É um local histórico e tem uma vista (que é mais ou menos). Acho legal conhecer se você tiver mais tempo pela cidade, mas não julgo um ponto imprescindível.
A construção onde funciona o Museu do Forte Defensor Perpétuo foi erguida em 1793, no primeiro núcleo de povoamento da cidade de Paraty, então chamada Vila de São Roque. O forte foi construído com o intuito de proteger o escoamento do ouro da Estrada Real, bem como a produção de açúcar da região.
A construção foi feita em ponto estratégico para vigiar todas as embarcações que chegavam em Paraty e evitar roubos.
O funcionamento é de terça a domingo, das 9h às 12h e das 14h às 17h. O portão para entrada/saída da trilha fecha às 19h. Não abre às segundas.
O que fazer em Paraty: passeio de barco
É a partir do centro histórico que você chega ao píer de Paraty. Lá existem inúmeros barcos dos mais diversos tamanhos (desde escunas de dois andares até barquinhos de pescador ou lanchas) e você pode fechar o seu passeio lá mesmo.
Enquanto você estiver caminhando pelo píer, virão inúmeros representantes das empresas tentar fechar negócio com você.
Na baixa temporada, é mais fácil de negociar os valores e tentar reduzir o preço. Na alta temporada, durante o verão ou nos grandes eventos da cidade, fica mais difícil, mas você pode tentar. Afinal, são muitos barcos à disposição.
Existem diferentes opções de passeios. Os de lancha, claro, custam mais caro, mas você chega mais rápido nos destinos, tem menos gente com você, além de conseguir organizar melhor o seu tempo em cada lugar.
As escunas, por sua vez, normalmente ficam cheias, e o tempo é super cronometrado. Mas o valor também costuma ser mais em conta.
Também variam as horas de passeio. Há os de quatro, os de cinco, até os de oito horas pelo litoral de Paraty. Os que duram mais, normalmente visitam mais lugares, mas também custam mais caro. Aí depende de você saber o que quer fazer e o quanto quer investir 🙂
Se você não quiser perder tempo durante a sua viagem negociando o passeio de barco na hora, você pode reservar antes. Você consegue encontrar facilmente as empresas que oferecem o serviço na internet. No site de Paraty, há algumas opções.
Confira como foi a minha experiência de dormir em um barco 👇
📌 Confira no mapa abaixo todos os locais que estão citados neste post:
O que fazer em Paraty: eventos culturais
Paraty também é famosa por seus vários eventos culturais e artísticos ao longo do ano. Costuma acontecer, pelo menos, uma grande festividade por mês.
As datas variam de ano a ano, mas os eventos normalmente acontecem sempre nos mesmos meses. Além disso, em virtude da pandemia, muita coisa pode ter mudado, então antes de viajar para Paraty é importante dar uma conferida para ver o que está rolando (ou não).
Os mais famosos são a Flip, em julho, e o Festival da Cachaça, em agosto.
Tem ainda o Viva Verão, de apresentações musicais, o Bourbon Festival (de jazz), o Festival do Camarão, o Encontro Sesc de Cinema, a Folia Gastronômica, o Encontro da Cultura Negra, etc.
O que fazer em Paraty: muitas praias!
Além do centro histórico, Paraty é uma cidade repleta de praias e ilhas incríveis. Para conhecer as ilhas, você precisará alugar um barco ou contratar um passeio. Há áreas de mergulho no litoral do município e, por isso, algumas agências turísticas oferecem esse serviço, caso seja do seu interesse.
A praia mais famosa de Paraty é Trindade. Ela fica distante 25km do centro histórico sentido Ubatuba, colada na divisa com São Paulo. Por lá, os destaques ficam por conta da Piscina Natural do Cachadaço, da Pedra que Engole e das outras cinco praias! Confira o post completo com tudo o que você precisa saber sobre Trindade RJ.
Também há outras, como Laranjeiras e a Praia do Sono, e o Saco do Mamanguá, em que o acesso é apenas de barco, saindo de Paraty Mirim.
Dica: vá ao Centro de Informações Turísticas
Quando você cruza o pórtico de entrada de Paraty, você acessa a Av. Roberto Silveira. Seguindo reto por essa avenida, você vai chegar até a Praça do Chafariz e o limite de até onde é possível andar de carro antes do centro histórico.
Na frente da praça, existe o Centro de Informações Turísticas de Paraty. Lá, você consegue pegar um mapa de toda a cidade (e não apenas do centro histórico), além de indicações sobre quais locais conhecer a depender do seu tempo disponível na cidade.
Lembrando que alguns destinos, como o Saco do Mamanguá, é melhor você organizar tudo antes, uma vez que o acesso é apenas por barco e a gama de opções de hospedagem não é muito grande por lá. Se você for em um feriadão de alta temporada, pode ser que não consiga ou tenha de pagar muito caro.
O que fazer em Paraty: cachoeiras e alambiques
Distante cerca de 10km do centro histórico, você encontrará várias cachoeiras e alambiques. Nessa área mais “rural” da cidade, digamos assim, você pode se conectar com a natureza e ter uma experiência fora do tradicional turístico de Paraty.
Se você estiver de carro, pode ir por conta própria. Há estacionamento em todos os locais mediante pagamento (custa cerca de R$ 5 tempo livre).
Caso você pense em alugar um carro para conhecer Paraty e visitar com mais tranquilidade a região, eu recomendo sempre a RentCars. Na plataforma é possível comparar os melhores preços entre as melhores locadoras do país e, assim, decidir pelo melhor custo-benefício para a sua viagem!
Também é possível contratar um tour no centro histórico de Paraty. Esses tours pelas cachoeiras normalmente acontecem em jeeps e passam por três ou quatro da região – a depender do pacote e empresa escolhida.
Você também pode pegar um uber ou um táxi ou ainda um ônibus que sai da Rodoviária de Paraty, na Av. Roberto Silveira, e vai em direção ao bairro da Penha.
Confira neste outro post como foi conhecer o Poço do Tarzan e a Cachoeira do Tobogã. Além dessas, também há a das Sete Quedas, a da Pedra Branca e outras um pouco menos conhecidas.
Como chegar e se locomover por Paraty
A forma mais prática, com certeza, é de carro – seja o seu próprio ou alugando um. Você consegue fazer o seu próprio horário e visitar o que deseja.
Por outro lado, você também pode ir de ônibus. Bem próximo ao centrinho histórico tem o Terminal Rodoviário da cidade. No entanto, fique atento: não há ônibus direto de todas as cidades brasileiras (por óbvio). Conta com itinerários das principais cidades do estado do Rio e de algumas principais de São Paulo também e arredores.
Se você for de outro estado, o melhor é ir até a cidade do Rio (de ônibus ou de avião) e, da rodoviária da capital, pegar um ônibus até Paraty.
Outro ponto negativo é que a rodoviária de Paraty não tem site oficial. Ou seja, não dá para saber de maneira prática quais as rotas atendidas antecipadamente. O melhor, nesse caso, é ligar. Se nem assim funcionar, sugiro entrar no site das empresas que operam na cidade e ver se elas fazem a rota que você precisa.
Outra opção é contratar uma agência de turismo, seja só para transfer ou para um roteiro de passeios mais completo.
Passeando fora do centro histórico
Lembrando que as melhores praias de Paraty ficam bem distantes do centro histórico (Trindade, por exemplo, está a 25km).
Para curtir o mar, você pode:
- fazer um passeio de barco e conhecer, principalmente, as ilhas;
- ir de carro e fazer o seu roteiro personalizado de praias;
- contratar uma agência turística;
- ir de ônibus.
Nesta última opção, você utilizará um ônibus urbano “normal”, uma vez que se trata da mesma cidade, embora você vá andar pela estrada. No próprio Terminal Rodoviário há paradas e é o local mais prático para você também conseguir informações atualizadas sobre horários de saída e os pontos específicos para se pegar o ônibus que você precisa.
E aí, você já conhece Paraty? Me conta nos comentários como foi a sua experiência o que mais você recomenda fazer por lá!
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