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O que fazer em Petrópolis, RJ: roteiro para um dia na Cidade Imperial

Petrópolis foi criada por meio de um decreto de Dom Pedro II e o atual Museu Imperial era o palácio de verão da família imperial brasileira. Saiba o que conhecer em Petrópolis
Petrópolis foi criada por meio de um decreto de Dom Pedro II e o atual Museu Imperial era o palácio de verão da família imperial brasileira. Saiba o que conhecer em Petrópolis
petrópolis mirante do cristo

Buscando o que fazer em Petrópolis? Essa é uma das cidades mais famosas da região serrana do Rio de Janeiro. É conhecida como a ‘Cidade Imperial’ por ter sido escolhida pelo segundo imperador brasileiro, Dom Pedro II, para a construção de seu palácio de veraneio.

Sendo assim, há várias construções antigas e que ajudam a compreender um pouco sobre a história do Brasil. Além de Dom Pedro II, várias outras personalidades da época frequentavam Petrópolis e tinham suas casas na cidade.

Neste post, você vai encontrar um guia completo de como chegar, onde fica, pedágios e história de Petrópolis. E o Arruma Essa Mala vai contar o que fazer em Petrópolis em um dia – é possível dormir por lá ou fazer um bate e volta, você decide!

Confira também todas as dicas no vídeo do Arruma Essa Mala 👇

Onde fica Petrópolis?

Petrópolis fica na Serra do Rio de Janeiro, distante cerca de 70km da capital. Por se tratar de uma estrada curvilínea e com subida, o tempo de percurso dura mais ou menos 1h30 – se você não pegar nenhum engarrafamento.

Petrópolis ocupa uma área de 795,798 km² e sua população, em 2018, era de 305.687 habitantes, segundo estimativa do IBGE. O município está a 838m de altitude.

Como chegar a Petrópolis?

Saindo do Rio de Janeiro, você vai utilizar a BR-040, passando por Duque de Caxias. Caso saia de outras cidades, é importante conferir no GPS.

A maneira mais prática para você conhecer Petrópolis e se locomover, tanto pela estrada quanto pela cidade em si, é com um carro. Caso você pense em alugar um, recomendo pesquisar os melhores preços na RentCars.

Também há várias excursões saindo do Rio de Janeiro que você pode contratar para fazer um tour pelos principais pontos turísticos da cidade.

Você pode ainda ir de ônibus intermunicipal até a cidade e, uma vez chegando lá, se locomover a pé, de transporte público, de táxi/uber ou ainda alugando um carro.

Saindo da cidade do Rio, a empresa Única Fácil opera na Rodoviária Novo Rio. Já saindo das cidades Cabo Frio, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Niterói, a empresa é a Transportes Única Petrópolis.

Saindo de Belo Horizonte, a empresa é a Útil Caiçaras; saindo de Juiz de fora, a empresa é a Única; e saindo de São Paulo, quem opera o trecho é a Salutaris. Você pode conferir os horários e valores nos sites oficiais de cada companhia e das rodoviárias de cada cidade.

Pedágios

Eu fiz o trajeto saindo do Rio de Janeiro. Para chegar em Petrópolis, passei por dois pedágios, sendo um deles ainda dentro da cidade do Rio. Como moro na zona oeste, tive de pagar o pedágio da TransOlímpica (R$ 7,50). Já na estrada, na altura do KM 102, em Xerém, há um novo pedágio, no valor de R$ 11,60.

Os valores são referentes a abril de 2019. Dependendo de quando você for viajar, os valores já podem ter reajustado.

Onde ficar hospedado?

Se você for viajar a Petrópolis de ônibus ou com alguma excursão, o ideal é ficar hospedado na região central da cidade, pois será possível conhecer tudo a pé – à exceção do Palácio Quitandinha.

No centro, você consegue uma cama em dormitório compartilhado em hostel a R$ 69,90. Já em uma pousada simples, um quarto de casal com banheiro compartilhado sai a R$ 180 ou uma suíte a R$ 259. Um hotel com estilo rústico e café da manhã incluso sai a R$ 295 o quarto de casal. Caso você queira ter a experiência de se hospedar com um pouco mais de luxo em um dos antigos casarões da Rua da Imperatriz, pode escolher este hotel por R$ 345 a diária do casal.

museu imperial petrópolis
O Museu Imperial é o principal atrativo da cidade de Petrópolis (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Um pouquinho de história

Tudo começou em 1822, quando Dom Pedro I viajou pela primeira vez à região onde hoje é Petrópolis. Ele se hospedou na fazenda do Padre Correia. Em 1830, ele comprou a Fazenda do Córrego Seco.

Treze anos mais tarde, Dom Pedro II escolheu Petrópolis para ser o seu local de veraneio. E para poder construir o seu palácio de verão, antes, o imperador precisou criar a cidade. Sendo assim, veio o decreto de 16 de março de 1843, data de fundação de Petrópolis.

O palácio de verão da família real – atualmente, o Museu Imperial – foi construído entre 1845 e 1862. Já na era republicana, foi assinado, em Petrópolis, em 1903, o tratado que incorporou o Acre ao Brasil.

o que fazer em petrópolis

Em Petrópolis, também fica localizado o Palácio Rio Negro, que é a residência de verão dos presidentes da República. No entanto, era mais utilizado quando o Rio de Janeiro ainda era a capital federal. Depois que se mudou para Brasília, poucos frequentaram o espaço – os últimos foram Fernando Henrique Cardoso e Lula.

Já no Palácio Quitandinha, ocorreu a assinatura da declaração de guerra dos países americanos às Potências do Eixo, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O que fazer em Petrópolis em um dia

Logo ao lado do pórtico de entrada da cidade há um posto de informações turísticas. Caso você precise de alguma informação ou orientação, pode pedir ajuda neste local.

À exceção do mirante e do Palácio Quitandinha, que estão melhor explicados abaixo, todos os outros principais atrativos da cidade estão localizados no centro histórico e é possível percorrê-los a pé. Confira neste outro post como conhecer a Sede Petrópolis do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

Mirante do Cristo

Para quem sai do Rio de Janeiro, o primeiro ponto de parada é no Mirante do Cristo, um pouco antes de chegar em Petrópolis. Fica no KM 80 da BR-040 (Rodovia Washington Luiz).
Como o próprio nome deixa claro, se trata de um mirante com uma vista bem bonita e ampla da serra fluminense. Há um cristo no local (daí o nome Mirante do Cristo).

Há dois pontos de estacionamento, um bem ao lado da entrada, do lado esquerdo de quem sobe a serra sendo Rio-Petrópolis, e o outro seguindo poucos metros a frente na rodovia, no lado direito (nesse caso, será preciso atravessar a estrada, o que pode ser perigoso, portanto, tome cuidado!).

No local existe ainda uma lojinha de souvenirs e pequenos snacks (biscoitinhos, salgadinhos, balas, chocolates, etc). Tem banheiro, mas, se você não consumir nada na loja, é preciso pagar para poder utilizá-lo. A entrada para o mirante é gratuita.

mirante do cristo petrópolis
O Mirante do Cristo fica a poucos quilômetros da entrada da cidade (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Palácio Quitandinha

Seguindo uma logística de deslocamento para conhecer a cidade, a próxima parada é o Palácio Quitandinha, uma vez que ele fica mais perto do pórtico de entrada e é um tanto distante do centro histórico (mais de 5km).

O Palácio Quitandinha foi construído na década de 1940 para ser o maior hotel cassino da América do Sul.

Com a proibição do jogo de azar no Brasil, em maio de 1946, o Palácio Quitandinha passou a ter dificuldades financeiras para sobreviver apenas como um hotel. Foi vendido em 1963. Atualmente, é um condomínio, mas tem suas áreas sociais administradas pelo SESC Rio – portanto, conta com atividades culturais, centro de convenções, etc.

Em frente ao palácio, existe um lago. E curiosidade: esse lago tem o formato do mapa do Brasil e, na construção, foi usada grande quantidade de areia da praia de Copacabana.

A visitação é realizada de terça a domingo e feriados, das 9h30 às 17h. O ingresso custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Há visita guiada, mas o valor dobra.

palácio quitandinha petrópolis
O Palácio Quitandinha era um antigo cassino em Petrópolis (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Museu Imperial

Principal atrativo de Petrópolis, o Museu Imperial fica no local do antigo palácio de verão da família imperial. Sendo assim, é um museu que conta a história desse período da história do Brasil.

O Museu Imperial possui o principal acervo do país relativo ao império brasileiro, em especial o Segundo Reinado, período governado por D. Pedro II. São cerca de 300 mil itens.

O museu foi criado por um decreto de Getúlio Vargas em 1940 e a inauguração ocorreu em 1943.

Para visitar o museu, é preciso calçar pantufas. A razão é preservar os pisos originais do palácio, que são de mármore de Carrara, mármore belga e madeiras nobres. Entre os itens expostos estão a pena de ouro que Princesa Isabel usou para assinar a Lei Áurea e o trono de Dom Pedro II.

Infelizmente, não é permitido fotografar ou filmar o seu interior. E logo na entrada você já é solicitado a deixar tudo – equipamentos e mochilas – em um guarda-volumes.

A visitação é realizada de terça a domingo, das 10h30 às 18h. Os jardins abrem às 7h e fecham às 17h30. O ingresso custa R$10 e tem meia-entrada.

Existem alguns combos de ingressos com descontos, como o ‘pacote família’. Para esses casos, é importante entrar no site e conferir. A compra dos bilhetes pode ser feita antecipadamente, pelo site, ou na hora. Em todas as vezes que fui, não havia uma fila grande na bilheteria e tudo fluía rápido.

Palácio Amarelo

Em frente ao Museu Imperial, atravessando a rua, existe o Palácio Amarelo, atualmente Câmara Municipal de Petrópolis. Na sua frente está a praça Visconde de Mauá, com o “Chafariz da Água” no seu centro, um monumento muito bonito.

Inicialmente, a construção, que tinha apenas um andar, era para os fidalgos e funcionários do palácio imperial. Depois, foi vendida para um conselheiro e para um barão. Só depois, virou posse da Câmara Municipal. Passou por várias reformas e alterações desde então.

É possível visitar o espaço gratuitamente, todos os dias, das 10h às 17h.

Catedral de São Pedro de Alcântara

A Catedral de São Pedro de Alcântara é a principal de Petrópolis. Ela começou a ser construída em 1884 e só foi finalizada em 1925.

Com a anulação do decreto que bania a família imperial do Brasil, em 1920, os restos de D. Pedro II e D. Tereza Cristina foram trazidos de Lisboa para o Rio de Janeiro no ano seguinte.

Desde 1939, existe o Mausoléu Imperial, com os restos de ambos, além de Princesa Isabel e seu marido, o Conde D’Eu, a partir de 1971.

E o nome da catedral é porque São Pedro de Alcântara é padroeiro de Petrópolis, do Brasil e da família imperial. A entrada para a catedral é gratuita.

Avenida Koeler

É onde se encontra a maior parte dos casarões históricos de Petrópolis. Embora boa parte seja, hoje, propriedades particulares, em frente às casas há plaquinhas indicando a sua história e a quem pertenceu antigamente.

Um exemplo é a casa de Princesa Isabel, na esquina, bem em frente à Catedral de São Pedro de Alcântara.

Palácio Rio Negro

Foi erguido em 1889 pelo o Barão do Rio Negro, rico produtor de café. A partir de 1903, serviu de residência de verão a 16 presidentes da República, mas tinha seu uso mais frequente quando o Rio era capital. Os últimos a utilizarem o espaço foram Fernando Henrique Cardoso e Lula. Em 2005, passou a ser administrado pelo IPHAN.

Até o fim de 2018, era possível visitar gratuitamente o palácio. No entanto, devido a uma série de problemas de falta de manutenção, como paredes descascadas e infestação de cupins, de acordo com matéria publicada pelo jornal O Globo, o Palácio Rio Negro está fechado para reformas atualmente, sem previsão de voltar a reabrir.

Sendo assim, é possível conhecer apenas a área externa e o jardim.

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O Palácio Rio Negro é a residência de verão da presidência (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Praça da Liberdade

A Praça da Liberdade fica ao fim da Avenida Koeler, do lado oposto à Catedral de São Pedro de Alcântara. Trata-se de um local tradicional de encontro entre os petropolitanos.

Praça 14-bis

A Praça 14-bis fica ao lado da Praça da Liberdade e conta com uma réplica do 14-bis, o famoso avião construído por Santos Dumont, em 75% do seu tamanho original. Foi inaugurada em 2006, no centenário do seu primeiro voo.

📌 Confira no mapa abaixo todos os locais que visitei e estão citados neste post:

Museu Casa de Santos Dumont

O Museu Casa de Santos Dumont foi residência de verão de Santos Dumont, o ‘Pai da Aviação’. No acervo, há objetos, livros, cartas e mobiliário.

Especula-se que o convite para veranear em Petrópolis tenha partido de Princesa Isabel, mas isso não é confirmado. O que se sabe é que os dois eram bem amigos e que se conheceram após um balão de Santos Dumont cair no terreno da princesa na França. Além disso, Princesa Isabel falava bastante de Petrópolis para Santos Dumont.

O funcionamento é de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. O ingresso custa R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia).

Palácio de Cristal

A estrutura pré-moldada em ferro fundido do Palácio de Cristal de Petrópolis foi encomendada a uma fundição francesa pelo Conde D’Eu para presentear Princesa Isabel.

Foi inaugurado em 1884 com a finalidade de abrigar as já tradicionais exposições de produtos hortícolas e pássaros da região. No palácio, em abril de 1888, foram libertados os últimos escravos de Petrópolis.

A construção de Petrópolis é inspirada nos Palácios de Cristal de Londres e do Porto (atual Pavilhão Rosa Mota, localizado nos Jardins do Palácio de Cristal).

É possível visitar o Palácio de Cristal gratuitamente todos os dias, das 9h às 18h. Por vezes, há eventos culturais no local. Nesses casos, o horário de funcionamento pode ser alterado.

palácio de cristal de petrópolis
O Palácio de Cristal de Petrópolis recebe também vários eventos (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

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