Santa Teresa é um dos bairros mais tradicionais do Rio de Janeiro. Colado na Lapa e próximo aos bairros da Zona Sul carioca, é um dos pontos mais turísticos da cidade. E, se você vai conhecer o Rio de Janeiro, não pode deixar de dar um pulinho por lá.
O bairro de Santa Teresa começou a ser formado no século XVIII. Foi, inicialmente, habitado pela classe alta da época, em uma das primeiras expansões da cidade para fora do núcleo inicial de povoamento português, no Centro e em alguns pontos da Zona Sul.
Surgiram, então, vários casarões e mansões inspirados na arquitetura francesa da época, muitos dos quais estão em pé até hoje.
Em Santa Teresa, você pode andar no único trecho de bonde que ainda existe na cidade, apreciar a arte de rua, com murais e azulejos, pode curtir as várias vistas incríveis, sentar em um boteco e comer uma tradicional feijoada acompanhada de uma cerveja gelada.
Neste post, você encontrará um guia completo para visitar Santa Teresa. Acompanhe tudo aqui no Arruma Essa Mala!
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Quando visitar Santa Teresa
Santa Teresa é um bairro para se visitar o ano inteiro. A área turística é bem preparada para receber os visitantes.
Santa Teresa, inclusive, é uma ótima pedida para os dias nublados no Rio de Janeiro, já que é um bairro sem praia. Apesar de que a vista com sol é muito mais bonita 🙂
Recomendo dedicar um dia inteiro para conhecer o bairro, já que há várias atrações e você pode encerrar o passeio em um dos bares/restaurantes do Largo do Guimarães.
É seguro visitar Santa Teresa?
Sim e não. A área turística é bem segura e preparada para receber os visitantes. No entanto, alguns pontos são mais críticos, como a Escadaria Selarón, que interliga a Lapa e Santa Teresa. O perigo não é a escadaria em si, mas o trajeto até chegar ou sair dela – dependendo de onde você chega e para onde você vai depois dali.
Neste ponto, recomendo que você ande prestando atenção, guarde seus pertences e caminhe em um ritmo um pouco mais acelerado. São vários os casos de assalto por ali e não custa nada se prevenir, certo?
Também é importante dar uma conferida no noticiário local antes de sair de casa (essa recomendação, aliás, vale para vários locais do Rio). Algumas operações policiais costumam deixar a região bem tensa.
Em 2017, por exemplo, quando houve disputa do tráfico na Rocinha entre Nem e Rogério 157, aconteceram várias operações nas comunidades de Santa Teresa e não era o melhor período para se visitar.
Fora isso, mantenha os mesmos cuidados com relação a sua segurança que você teria ao se locomover na sua própria cidade.
Onde se hospedar em Santa Teresa?
Existem vários hostels charmosinhos e hotéis de luxo em Santa Teresa. Opções não faltam, tudo depende do seu gosto e do seu orçamento.
Confira algumas opções de hospedagem em hotéis e hostels, indo desde o mais barato até o mais luxuoso:
- Terra Brasilis Hostel: a partir de R$ 130 a diária. Ou R$ 38 a cama em quarto compartilhado misto.
- Discovery Suites Rio: a partir de R$ 289 a diária.
- Mama Shelter Rio De Janeiro: a partir de R$ 495 a diária.
- Rio Panoramic: a partir de R$ 629 a diária.
- Mama Ruisa Boutique Hotel: a partir de R$ 680 a diária.
- MGallery By Sofitel: a partir de R$ 1.142 a diária.
Use o mapa abaixo para pesquisar você mesmo a sua hospedagem:
Booking.comNa hora de reservar a hospedagem, vale dar uma conferida também nas vantagens que cada local oferece. A maioria dos hotéis, por exemplo, inclui no valor da hospedagem transfer de ida e volta do aeroporto, entre outros mimos.
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📌 O que fazer em Santa Teresa?
Escadaria Selarón
Uma boa pedida para começar o passeio por Santa Teresa é a Escadaria Selarón, que liga a Lapa até Santa Teresa. É um dos pontos turísticos mais famosos do Rio de Janeiro, cenário, inclusive, de clipes famosos, como “Beautiful”, do Snoop Dogg e do Pharrell Williams, e “Walk On”, do U2.
A Escadaria Selarón conta com 215 degraus, mais de 2 mil azulejos, de mais de 60 países.
A Escadaria Selarón é uma obra de arte ao ar livre. É um local impressionante que vale a visita. Importante ressaltar que também se trata de uma zona residencial, portanto, respeite os moradores, tente não fazer muito barulho e conserve a obra 🙂
História da Escadaria Selarón
A Escadaria Selarón é uma obra do artista chileno Jorge Selarón. Ele morava no alto da escadaria e resolveu iniciar o projeto por as escadarias estarem em péssimo estado de conservação. Isso foi em 1990.
Em 2005, a Prefeitura deu a Selarón o título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro e oficializou o tombamento da escadaria.
Selarón seguiu a sua obra até a sua morte, em janeiro de 2013. Ele foi encontrado morto em frente a sua casa, nos próprios degraus da escadaria.
Embora a polícia acredite que tenha sido suicídio, Selarón era ameaçado, inclusive, de morte, por um ex-colaborador, Paulo Sérgio Rabello. Ele também era morador da escadaria.
A imprensa acompanhou o caso na época e há inúmeras matérias publicadas a respeito. Para quem se interessar em saber ou lembrar, recomendo dar uma pesquisada, uma vez que a história é bem complexa.
Conforme o projeto foi se tornando mais famoso, Selarón foi recebendo azulejos de várias partes do mundo de viajantes e estrangeiros. E ele foi inserindo na escadaria. Como Selarón também tinha problemas financeiros, era uma ótima forma de poder seguir a obra.
Outro ponto curioso da Escadaria Selarón é o retrato de uma mulher grávida, que aparece em vários dos azulejos pintados à mão por Selarón, tanto nos degraus quanto nas paredes. O artista nunca quis falar sobre quem seria, apenas que era um “problema pessoal do passado”.
Bondinho de Santa Teresa
O bondinho de Santa Teresa é uma das principais atrações turísticas do bairro. Por muitos anos, era um dos principais meios de transporte na cidade. Mas, com a chegada do metrô, dos ônibus, dos carros, etc, o bonde foi caindo em desuso. Tanto é que o único bonde que segue em funcionamento no Rio de Janeiro – e, atualmente, ele é tão ou mais um passeio turístico do que propriamente um meio de locomoção.
O bondinho de Santa Teresa foi inaugurado em 1896.
Em 2011, um acidente provocou a morte de seis pessoas e 48 ficaram feridas. A perícia apontou problemas de manutenção. Com isso, o sistema de bondes em Santa Teresa ficou suspenso até 2015. Durante esse período, foram realizadas obras e, aos poucos, o bondinho voltou a funcionar, uma estação por vez.
Atualmente, em 2019, o bondinho de Santa Teresa tem seis estações (Carioca, Largo do Curvelo, Largo dos Guimarães, Vista Alegre, Largo do França e Dois Irmãos).
Preços e horários do bonde de Santa Teresa:
A passagem, ida e volta, custa R$ 20. Você pode descer em todas as estações e pegar o bonde novamente apenas no trecho de subida. Para descer, o fiscal vai destacar o ticket e você só poderá utilizar uma vez.
Estudantes uniformizados da rede pública, maiores de 65 anos com CPF e moradores de Santa Teresa cadastrados com a carteira não pagam.
Os bondes saem a cada 20 a 25 minutos. A capacidade é de 32 passageiros.
Você pode comprar a passagem em qualquer estação. Mas, ATENÇÃO: tirando a principal, que é a Carioca, você só consegue pagar em cartão nas demais.
Horário de funcionamento:
Segunda à sexta-feira: das 8h às 17h40
Sábado: das 10h às 17h40
Domingos e feriados: das 11h às 16h40
📌 Confira no mapa abaixo todos os locais que estão citados neste post:
Parque das Ruínas
O Parque das Ruínas é um dos locais imperdíveis para quem faz um roteiro pelo bairro de Santa Teresa. Tem uma das vistas mais bonitas do Centro e da Zona Sul do Rio de Janeiro. E o melhor: sem precisar fazer uma trilha ou pagar.
A entrada no Parque das Ruínas é gratuita.
Dos diferentes mirantes que existem no parque (seja os do pátio ou do topo do casarão), é possível ver o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, a Baía de Guanabara, Niterói, os Arcos da Lapa, a Marina da Glória, o aeroporto Santos Dumont, a Ponte Rio-Niterói e vários outros pontos turísticos tradicionais do Rio de Janeiro.
O Parque das Ruínas também é um centro cultural atualmente, com vários eventos, festas e exposições de arte. Caso seja do seu interesse participar de algum, vale ficar de olho na página do Facebook do Parque das Ruínas (não tem site oficial). Lá eles divulgam a programação cultural.
História do Parque das Ruínas
Mas, antes disso, o Parque das Ruínas pertencia à Laurinda Santos Lobo. Ela era sobrinha de Joaquim Murtinho Nobre (que dá nome à rua onde se situa o parque), um famoso médico e fundador da homeopatia no Brasil. A fortuna da família vinha da agropecuária de exportação.
Laurinda era conhecida como “Marechala da Elegância”. Ela era uma grande mecenas da Belle Époque carioca e promovia uma série de bailes e eventos no casarão. Depois da sua morte, em 1946, a casa passou por um longo período de abandono, uma vez que Laurinda não teve herdeiros e ninguém assumiu a residência.
O casarão, então, se tornou “ruínas”. Em 1996, a Prefeitura assumiu o espaço e o revitalizou, transformando-o no atual Parque das Ruínas.
Horário de funcionamento:
De terça a domingo, das 8h às 18h.
Museu Chácara do Céu
O nome Chácara do Céu vem desde 1876. O casarão foi herdado por Castro Maya em 1936 e e tombado pelo pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1974. Além disso, o atual museu faz parte da Fundação Castro Maya, que conta com outros museus, acervos e parques.
O Museu Chácara do Céu exibe coleções de arte de diversos períodos e de diferentes origens, livros raros e mobiliário, distribuídas em três pavimentos. Hoje, além das exposições de longa duração e temporárias, o museu mantém dois cômodos originalmente mobiliados, a fim de preservar o caráter de residência do local.
O museu em si não é muito grande. Em 30, 40 minutos é possível ver tudo com razoável calma.
O Museu Chácara do Céu fica ao lado do Parque das Ruínas. Há uma passarela e uma escada que conecta os dois. Porém, quando visitei, estava fechado por um portão (não sei dizer se abrem em algum momento ou não). O acesso, portanto, precisa ser pela rua.
Também existe estacionamento gratuito no local, caso você decida ir de carro.
Horário de funcionamento:
De quarta à segunda-feira, das 12h às 17h (fecha às terças)
Ingresso:
R$ 6 / R$ 3 (meia entrada)
às quartas-feiras é gratuito para todos.
Largo do Guimarães
O Largo do Guimarães é a terceira estação do bondinho de Santa Teresa. É neste local que se encontra o polo gastronômico do bairro. Há várias opções de restaurantes e bares, alguns super tradicionais, como o Bar do Mineiro.
O maior movimento acontece a partir do fim da tarde e aos fins de semana, quando turistas e moradores se aglomeram nas calçadas (e até invadindo a rua, por vezes) para tomar uma cervejinha, comer uns petiscos e bater-papo.
Também acontecem vários eventos e festas na região. Para esse caso, é importante conferir a programação dos locais previamente.
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