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Um roteiro por Purmamarca: Cerro de los 7 Colores até Salinas Grandes

Purmamarca é uma pequena cidade em Jujuy, no Norte da Argentina e é um excelente ponto de partida para outros atrativos da região, como Salinas Grandes.
Purmamarca é uma pequena cidade em Jujuy, no Norte da Argentina e é um excelente ponto de partida para outros atrativos da região, como Salinas Grandes.
purmamarca jujuy

Purmamarca é provavelmente a cidade mais famosa da província (ou estado) de Jujuy, no Norte da Argentina. Isso se deve ao Cerro de los 7 Colores, que fica na própria cidade – ou seja, não precisa pegar estrada para ver a maravilhosidade das sete cores dessa montanha.

Eu fui para Purmamarca após minha passagem por Humahuaca. E, embora a grandiosidade das Serranías del Hornocal e suas 14 cores, fiquei mais impactada com a beleza de Purmamarca.

A cidade é quase que um povoado, com pouco mais de 2 mil habitantes. Encontra-se a 2.324m de altitude e faz parte da Quebrada de Humahuaca, Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade pela Unesco desde 2003.

Purmamarca fica a 66km da capital San Salvador de Jujuy e a 95km do Aeroporto Internacional Dr. Horacio Guzman.

Atualmente, a economia de Purmamarca é basicamente relacionada ao turismo – seja em hospedagem, restaurantes/bares/cafés, tours e/ou venda de artesanato e souvenirs.

Confira, neste post, as principais dicas para curtir a região!

Confira também todas as dicas no vídeo do Arruma Essa Mala 👇

O que fazer em Purmamarca

Purmamarca é uma cidade linda – e você, provavelmente, também sairá completamente encantada/o de lá. O centrinho histórico é uma graça, as construções da época colonial são uma graça, o artesanato dá vontade de sair comprando tudo, e a natureza é indescritível.

Além disso, Purmamarca é um excelente ponto de partida para outros passeios na região, como Salinas Grandes. O caminho é pela Rota Nacional 52 (RN52), outro atrativo à parte. A vista da estrada é incrível e ainda tem dois mirantes no caminho: o Cuesta del Lipán e o Abra de Potrerillos, que indica o ponto mais alto daquela região (4.170m).

paseo de los colorados purmamarca

Cerro de los 7 Colores

O principal atrativo de Purmamarca, com certeza, é o Cerro de los 7 Colores. Ele fica ao fundo da cidade, do lado oposto à entrada pela estrada. Na minha opinião, os melhores ângulos para avistar todas as cores e tirar uma super foto são da praça principal e do mirante, que fica na entrada do Paseo de los Colorados (falarei sobre ele mais adiante neste post).

As sete cores desta montanha são devido a diferentes composições de minérios ao longo de milhões de anos. O óxido de cobre, por exemplo, dá a coloração verde. São as rochas mais antigas: 600 milhões de anos!

A cal, por sua vez, embranquece as rochas de 400 milhões de anos.

O arenito com enxofre faz a cor mostarda/amarelada das camadas de 90 milhões de anos.

As rochas mais jovens, por sua vez, de 4 milhões de anos, são as de tons castanhos, formadas por chumbo, ferro, argila e carbonato de cálcio.

Para acessar o mirante, chamado “El Porito”, é preciso pagar um valor simbólico de $10 (pouco mais de R$ 1).

cerro de los 7 colores purmamarca

Praça principal e feira de artesanato

Como falei antes, Purmamarca é uma cidade bem pequena e você pode tranquilamente percorrer todas as ruas a pé durante a sua visita. O ponto principal da cidade é a sua praça, em que uma feira de artesanato acontece todos os dias. Se você gosta de uma comprinha, vá com o bolso preparado, pois é tudo lindo e você vai querer comprar tudo (eu quis! e olha que não sou das comprinhas, hehe).

Fora isso, há vários cafés e restaurantes, todos super bonitinhos e bem decorados. E o melhor: fui para Jujuy achando que os preços seriam mais elevados, mas foi completamente ao contrário. Comi pagando bem menos do que no resto da minha viagem pela Argentina.

Paseo de los Colorados

O Paseo de los Colorados é um caminho de 3km localizado por trás do Cerro de los 7 Colores. É possível percorrê-lo de carro, mas a experiência com certeza será melhor indo a pé.

Foi o que eu fiz. Sério, é tanta beleza, que você vai querer apreciar tudo com bastante calma e registrando tudo. São inúmeras montanhas, de diferentes cores e formatos.

E o melhor: como boa parte dos ônibus de excursão se limita ao centrinho da cidade e ao Cerro de los 7 Colores, o Paseo de los Colorados passa quase que despercebido por muitos turistas. Ou seja, o local é muito mais calmo e tranquilo.

A formação minérica, de milhões e milhões de anos, é a mesma que expliquei em tópico anterior, sobre o Cerro de los 7 Colores.

Cuesta del Lipán

Purmamarca, além de linda, é um ótimo ponto de partida para outros lugares próximos na região. Como Salinas Grandes, por exemplo. Foi o que optei em fazer quando visitei a cidade. Todo o trajeto é uma atração em particular.

O caminho de Purmamarca até Salinas Grandes é percorrido pela Rota Nacional 52 (RN52). No meio do percurso, há um mirante chamado Cuesta del Lipán. Desse ponto, você consegue avistar as curvas da estrada e a vista é incrível!

O ponto em que se localiza a Cuesta del Lipán separa a Quebrada de Humahuaca de Puna de Jujuy. E a RN52 é a principal rota de ligação entre o Norte da Argentina e o Chile, indo até o Atacama.

No mirante, também há uma placa explicativa sobre a formação rochosa da região, para quem quiser entender um pouquinho melhor.

A Cuesta del Lipán é um mirante no meio da estrada (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Salinas Grandes

Sabia que na Argentina existe um deserto de sal? Pois bem, chama-se Salinas Grandes! E fica a 66km de Purmamarca percorridos pela Rota Nacional 52 (RN52).

As Salinas se formaram há 20 milhões de anos devido a um choque de placas tectônicas.

É proibido acessar o deserto de sal por conta própria, apenas com a presença de um guia local.

Você pode contratar o guia no próprio local, em um pequeno guichê de informações turísticas. Custa $250 por carro (cerca de R$ 30, valor de novembro de 2018).

Segundo nossa guia Simone explicou, a exigência da presença de um guia veio porque, antes, o pessoal acessava de qualquer jeito, entrava nas pequenas “piscinas” de extração de sal, tirava a roupa, etc. O problema é que essa área é utilizada para comércio, e o sal é extraído e vendido.

No entanto, o tempo foi super corrido para tirar fotos (ao menos para mim, que, além de tudo, ainda estava filmando para o canal do Arruma Essa Mala). Não deu para fazer nada de diferente, como aquelas brincadeiras de perspectiva. O tempo total do passeio deu cerca de 45 minutos.

É um deserto bem mais modesto do que o Salar do Uyuni. São 212 km², contra 10.582 km² do vizinho boliviano. Se você já conhecer o Uyuni, talvez não valha a parada nas Salinas. Caso contrário, vale, sim, hehe.

Se você for visitar as Salinas Grandes pensando naquela super foto para o Instagram, o ideal é ir nos meses de verão (dezembro, janeiro e fevereiro), quando costuma chover na região. Assim, a superfície fica molhada, e o céu fica refletido, deixando as fotos incrivelmente maravilhosas.

Tirando os meses citados, não cai um pinguinho de água na região. Aí, os únicos lugares com água nas Salinas Grandes para poder fazer esse tipo de registro são algumas vertentes.

Como chegar em Purmamarca

Seja partindo de San Salvador de Jujuy, a capital do estado de Jujuy, ou diretamente do Aeroporto Aeroporto Internacional Dr. Horacio Guzman, o trajeto a percorrer é o mesmo: sempre pela Rota Nacional 9 (RN9). São 66km ou 95km, respectivamente, dependendo do seu roteiro.

Haverá uma placa indicando a entrada para Purmamarca. Você dobrará à esquerda e acessará a Rota Nacional 52 (RN52) por mais cerca de 5km até o acesso à cidade em si.

Eu aluguei um carro e fiz a minha viagem por Jujuy assim. Optei por essa opção pela conveniência e liberdade para decidir meu roteiro, meus horários e meus pontos de parada – o que foi ótimo, já que pude ir parando em paisagens incríveis no meio da estrada e vi vicuñas lindas 😍 (foto abaixo).

Se você pensa em fazer o mesmo, recomendo pesquisar valores e alugar antecipadamente pela RentCars, uma plataforma que possibilita pagar no Brasil, evitando, assim, cobrança de IOF no cartão de crédito.

ruta nacional 52 purmamarca

Mas você também pode chegar e partir de Purmamarca em um ônibus intermunicipal, uma vez que há uma pequena rodoviária na cidade. Os valores são bem baratos. Uma passagem até Humahuaca, por exemplo, sai por menos de R$ 10 (valor de novembro/2018).

Você pode também contratar uma agência turística para fazer um passeio bate e volta ou por mais dias. No site de turismo de Jujuy há uma aba com várias empresas que oferecem diferentes tipos de pacotes.

Vale dar uma olhada antes de decidir o roteiro. Há empresas que fazem o passeio saindo e voltando de San Salvador de Jujuy e há empresas que fazem os passeios, como para Salinas Grandes, saindo diretamente de Purmamarca.

Se você estiver fazendo uma road trip, como eu fiz, fique atento ao combustível e também leve lanchinhos. Não há muitos postos no meio do caminho (em todo o meu trajeto por Jujuy, passei por apenas um). Assim como não há cafeterias, bares ou restaurantes abertos.

O único lugar que servia lanchinhos e café era justamente a loja de conveniência do posto de combustível. Fora isso, as estradas são bem conservadas e bem sinalizadas.

vicuñas purmamarca
Vicuñas no meio da estrada em Purmamarca! (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Quanto tempo para conhecer

Eu fiquei apenas um dia e foi o suficiente para mim. Acordei bem cedo e comecei meu roteiro caminhando pelo Paseo de los Colorados – antes das 8h já havia começado minha caminhada. Utilizei o turno da manhã para conhecer Purmamarca e deixei a cidade rumo a Salinas Grandes por volta das 13h.

Não parei para almoçar em um restaurante. Apenas comprei um lanchinho na praça e levei comigo no carro.

A tarde foi dedicada a conhecer a Rota Nacional 52, seus mirantes e, claro, Salinas Grandes. Voltei para Purmamarca no fim da tarde/começo da noite, quando, aí sim, sentei em um restaurante para comer um pouco melhor.

Se você não estiver na vibe de acordar muito cedo ou de “pular” refeições, um dia será corrido para conhecer tudo. Sendo assim, recomendo ficar, pelo menos, dois.

centro de purmamarca jujuy
Purmamarca é uma cidade pequena, mas encantadora (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Onde ficar hospedado

Tudo depende de como você quer organizar a sua viagem e de quanto tempo você tem. Você pode ficar hospedado tanto em San Salvador de Jujuy, de onde partem tours de dia inteiro, quanto aproveitar a experiência de dormir nas próprias cidades mesmo.

Caso você opte pela primeira opção, saiba que San Salvador de Jujuy é uma cidade como qualquer outra, no sentido que há ruas asfaltadas, prédios grandes, shoppings, comércio farto, etc, etc. Sendo assim e por ser também a capital do estado, há uma vasta opção de hospedagens, desde hostels até hotéis e casas de família.

Você encontra uma cama em um hostel em quarto compartilhado pode variar de R$ 23 a R$ 75, este último com as refeições inclusas. Já um quarto individual com café da manhã começa nos R$ 100. Apartamentos pequenos, porém inteiros, também variam nesta faixa – R$ 110, R$ 120… Hotéis mais simples também iniciam nesta faixa de valor, indo até R$ 325 por pessoa com direito a spa e tudo!

A melhor opção para imergir na cultura local, no entanto, é se hospedar na própria cidade do interior – no caso deste post, Purmamarca.

Foi o que eu fiz. Aluguei um quarto privativo com banheiro e cozinha nos fundos da casa de um morador local.

O lugar ficava no começo do Paseo de los Colorados, e a vista era incrível, já que acordava e dava de cara com as montanhas me circundando ❤

Por ser uma cidade quase que um vilarejo – e bem menor do que Humahuaca, por exemplo, que conheci no dia anterior -, a gama de opções de hospedagem na cidade também é menor.

Os valores variam bastante conforme o tamanho da habitação e os luxos e as comodidades oferecidas. Você pode encontrar desde um quarto na casa de um morador por R$ 80 até uma cabana completa para até 6 hóspedes em frente ao Cerro de los 7 Colores por R$ 1,8 mil.

Também há opções de quarto duplo em hostel com café da manhã incluso por R$ 176. Os valores de quartos duplos em bons hotéis também com café da manhã incluso começam a partir de R$ 254 a diária.

Câmbio

O ideal e recomendado é que você já leve consigo pesos argentinos em dinheiro. Eu, particularmente, não vi nenhuma casa de câmbio e não posso garantir que realmente exista uma. Sendo assim, vá prevenido. Cartões de crédito internacional podem não ser aceitos na maioria dos estabelecimentos.

Essa recomendação vale tanto para Purmamarca quanto para qualquer outra cidade do interior de Jujuy. Na capital, San Salvador de Jujuy, por ser uma cidade bem maior e com cara de “cidade” mesmo, aí, sim, você encontrará lugar para trocar dinheiro.

GPS e internet

Com exceção de San Salvador de Jujuy, a capital do estado de Jujuy, o 4G do celular não funcionou em momento algum, em nenhuma cidade ou região. Eu comprei um chip local da Claro, mas, aparentemente, nenhuma operadora funciona bem (ou nada bem) por lá.

Havia, inclusive, várias instabilidades até no wifi dos estabelecimentos comerciais. Sendo assim, a dica é: baixe os mapas previamente para poder acessá-los offline e também encontre locais com wifi para poder configurar o local de destino no Google Maps antes de pegar o carro e seguir caminho.

purmamarca jujuy
Purmamarca é circundada por montanhas coloridas (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

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