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Valle de la Luna: como é o passeio no Atacama e onde comprar o ingresso

O Valle de la Luna é um dos passeios mais clássicos do Deserto do Atacama. Saiba o que conhecer por lá, quanto tempo precisa para explorar e onde comprar o ingresso
O Valle de la Luna é um dos passeios mais clássicos do Deserto do Atacama. Saiba o que conhecer por lá, quanto tempo precisa para explorar e onde comprar o ingresso
valle de la luna atacama

O Valle de la Luna é um dos passeios mais clássicos do Deserto do Atacama. O seu processo de formação iniciou há cerca de 33 milhões de anos e, desde então, está em constante transformação. Movimento de placas, erosão, sedimentos…

Além disso, por estar localizado perto de San Pedro de Atacama – apenas 13km de distância – e ter praticamente a mesma altitude (2.500 metros acima do nível do mar), é uma ótima pedida para seu primeiro dia de viagem.

Assim você evita grandes deslocamentos logo de cara, já curte um visual maravilhoso e deixa o corpo ir de acostumando com a altitude.

Dito isso, neste post, vou te contar tudo o que você precisa saber sobre o Valle de la Luna. Onde fica, atrativos, quanto custa, como é o passeio, onde comprar o ingresso, pôr do sol, etc. Bora começar?

Confira também todas as dicas no vídeo do Arruma Essa Mala 👇

Onde fica o Valle de la Luna

O Valle de la Luna fica em San Pedro de Atacama, a principal cidade do Deserto do Atacama, na região norte do Chile. Além disso, está a apenas 13km de distância de San Pedro, sendo o passeio mais próximo.

Já o setor Mirador de Ckari fica em um outro ponto da Ruta 23, distante 8km da entrada principal do Valle de la Luna.

Como chegar ao Valle de la Luna

Existem três formas basicamente de se chegar ao Valle de la Luna. O principal deles é contratando uma agência de turismo. Normalmente os tours saem às 14h30 e regressam para o centrinho de San Pedro após o pôr do sol (19h, mais ou menos). Você pode negociar o seu passeio lá na hora mesmo, ou garantir a sua vaga antecipadamente AQUI.

A segunda forma de se chegar até o Valle de la Luna é indo por conta própria – como nós fizemos. Para isso, você precisa ter alugado um carro em Calama.

Para saber mais sobre como é dirigir no Atacama, como são as estradas, etc, confira este outro post do blog!

Por fim, a terceira maneira é pedalando – se você tiver disposição, claro, hehe. Mas muitas hospedagens no Atacama oferecem empréstimo de bicicleta. Além disso, há empresas no centrinho de San Pedro que alugam. Como é uma distância relativamente curta – se comparado a outros passeios -, muita gente faz esse trajeto de bike mesmo.

valle de la luna
Terreno do Valle de la Luna se assemelha… à lua! (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Como e onde comprar o ingresso para o Valle de la Luna

Não existe venda de ingresso na hora para o Valle de la Luna. Ou seja, você obrigatoriamente precisa comprar antecipadamente pela internet.

Isso vale tanto para você que vai por conta própria, quanto se for com agência de turismo. Isso porque a maior parte dos tours não inclui o ingresso nas atrações – você precisa pagar por fora.

Sendo assim, basta entrar no site Valle de la Luna, clicar em “Comprar Ticket Ahora” e selecionar a data da sua visita. Além disso, marque os ingressos que você irá comprar – se será normal, para crianças e/ou para idosos. Por fim, terá de preencher os dados pessoais antes de seguir pra página de pagamento.

#DicaArrumaEssaMala: eu paguei com o cartão da Nomad, que é uma conta global que me permite realizar compras e pagamentos com o IOF de apenas 1,1%. No cartão de crédito, essa taxa é de 5,38%! Além disso, o câmbio é muito mais favorável. Com isso, consigo economizar muito. Se quiser saber mais sobre como funciona a Nomad, prós e contras, etc, tem um post no blog só sobre isso 🙂

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O ingresso do Valle de la Luna chegará no seu email. Aí basta apresentar na entrada do parque, onde haverá funcionários para lhe explicar tudo sobre a visita e lhe entregar um mapa.

Importante saber que, mesmo comprando antecipadamente o ingresso, você precisa se apresentar na entrada do parque para conferência, anotar dados, etc.

Ingresso Valle de la Luna: quanto custa

O ingresso geral para estrangeiros, em fevereiro de 2024, está custando CLP 10.800. No câmbio atual, isso dá aproximadamente R$ 60. Esse ingresso permite a entrada nos dois setores, tanto o “geral”, com os principais atrativos, quanto o do Mirador de Ckari, tradicional ponto para ver o pôr do sol no Atacama.

Atualização em fev/24: o site de venda de ingressos do Valle de la Luna mudou. Antes ocorria num site chamado Punto Ticket, mas ele está fora do ar há alguns meses. Agora, eles atualizaram pra esse novo, que é específico do parque mesmo.

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Valle de la Luna, Atacama (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Atrações do Valle de la Luna

O Valle de la Luna conta com dois setores para visitação. O primeiro deles – e também o maior – é o que fica mais próximo do centro de San Pedro de Atacama. É lá que ficam a Duna Mayor, as Três Marias, a Mina de Sal, etc.

Ao total, são 13km de extensão de via. E como funciona o passeio? Em cada ponto de visitação existe um estacionamento onde você irá parar o veículo (seja a van de turismo ou carro alugado). A partir dali você vai seguir um percurso a pé. Depois você regressa, pega o veículo de novo e segue para o próximo ponto. Ao chegar no último, que é as Três Marias, você regressa os 13km direto até a entrada do parque.

O segundo setor é o do Mirador de Ckari, onde também existe a Pedra do Coyote. Esse local é bem menor e é o tradicional para se ver o pôr do sol no Atacama. Além disso, fica a cerca de 8km de distância da outra entrada, tendo de regressar para a Ruta 23 (a estrada principal do Atacama).

O funcionamento desse setor é semelhante. Você passa na portaria, mostra o seu ingresso, vai até o estacionamento e para o veículo. A partir dali, segue caminhando até os dois mirantes.

Confira um pouco mais sobre cada um dos atrativos do Valle de la Luna:

Duna Mayor

Como o próprio nome sugere, trata-se de uma enorme duna, cheia de areia. Sua formação seria a partir de sedimentos que foram se desprendendo por meio da erosão ao longo de milhões de anos. Segundo informações do parque, seriam a partir de rochas da Cordilheira de Domeyko. E o seu transporte ocorreu por meio do vento até chegar na formação que vemos hoje em dia.

Existem dois mirantes. O primeiro se chega a partir de um percurso mais curto, de cerca de 30 minutos apenas. Como ele é mais curto, fica muito mais lotado, pois é o que a maior parte das agências de turismo faz.

Para chegar até o segundo mirante, o percurso demora cerca de 1h. Há placas indicando o caminho.

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Duna Mayor, no Valle de la Luna (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Cornisas

As Cornisas, por sua vez, são o segundo ponto de parada no Valle de la Luna, depois da Duna Mayor. Nesse setor também há dois mirantes em que é possível observar a formação mais antiga da Cordilheira do Sal, lá do período Oligoceno, há cerca de 33 milhões de anos.

A área é formada por rochas sedimentares detríticas (formadas pela deposição de fragmentos de outras rochas) e por rochas químicas (originadas pela cristalização de sais dissolvidos em meio aquoso por meio de processo de evaporação).

Já a parte de cima, digamos assim, das Cornisas tem um formato mais enrugado e é chamado de Formação Vilama.

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O visual do Valle de la Luna é incrível (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Anfiteatro

O Anfiteatro, por sua vez, também é uma Formação Vilama e também é composto por rochas detríticas. Porém, se diferencia das Cornisas por ter ainda depósitos de cinza vulcânica provenientes das erupções dos vulcões que formam a Cordilheira dos Andes.

Nesse ponto não é possível parar o carro e não há estacionamento. Você apenas passa pela estrada mesmo. Inclusive, achei um pouco difícil de identificar qual dos paredões de pedra seria, de fato, o Anfiteatro. Porque não há nenhuma placa indicando nada.

Lembrando que eu fiz o passeio de carro alugado, sem guia. Num tour com agência, certamente o guia irá indicar o ponto certo para todo mundo poder ver.

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Anfiteatro, no Valle de la Luna (Foto: Diego Delso/Wikimedia Commons)

Minas de Sal Mina Victoria

Na sequência, o próximo ponto de parada são as Minas de Sal, também chamada de Mina Victoria. Isso porque, durante muitos anos, funcionou uma empresa de extração de sal no Valle de la Luna. Inclusive, a região, nessa época, se chamada “Las Salinas”.

Para fazer o percurso completo, você precisará de pelo menos uns 30 minutos. No ponto final, existe até um maquinário abandonado (e já bem deteriorado) dessa antiga empresa. Se tiver tempo, vale a pena ir até lá para ver pela curiosidade.

mina de sal atacama
Nesse ponto existe muuuito sal! hehe (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Três Marias

As Três Marias são o último ponto de visitação nesse setor do Valle de la Luna. Trata-se de formações rochosas bem peculiares, formadas principalmente pela erosão da água e dada a quantidade de minerais solúveis dessa parte, como halita e gesso.

Antigamente, se chamava “Los Vigilantes”, porque era uma rota usada pelos trabalhadores da mina de sal rumo a Calama.

Virou Três Marias após a visita do padre belga Gustavo Le Paige, que viveu no Atacama na década de 1950. Ele usou da sua imaginação, digamos assim hehe, para visualizar nas rochas três pessoas rezando. Uma das Marias, no entanto, acabou desmoronando depois que um turista resolveu subir nela. Com isso, hoje em dia não se pode chegar mais tão próximo e tem uma barreira para limitar a passagem.

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As Três Marias ‘rezando’ (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Mirador de Ckari e Pedra do Coyote

Como já dito anteriormente, para chegar nesse setor do Valle de la Luna, é preciso sair do parque principal, pegar a estrada Ruta 23 novamente e andar mais uns 8km. Trata-se de um enorme mirante, onde será possível avistar toda a imensidão das cordilheiras e formações rochosas dessa parte do Atacama.

Saindo do estacionamento, à direita você vai chegar na Pedra do Coyote, que é o ponto onde o sol baixa. Ou seja, é onde haverá maior concentração de pessoas no fim de tarde com o objetivo de ver o pôr do sol.

Já para a esquerda fica o Mirador de Ckari propriamente.

Eu, particularmente, achei a vista desse lado bem mais legal. Primeiro, porque tinha muuuito menos gente e dava pra conseguir enxergar melhor sem precisar ficar se espremendo entre as pessoas. Segundo, porque o céu começa a ficar alaranjado e rosado, dando destaque para os vulcões e estradas ao fundo. É lindo!

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Vista no fim de tarde no Mirador de Ckari (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

O que levar para o Valle de la Luna

Alguns itens básicos são imprescindíveis para a sua visita ao Valle de la Luna. A primeira delas é roupa e calçado confortável. Afinal, você irá caminhar por areia, pedra e sal. Especialmente para a parte da Duna Mayor, uma botinha impermeável é o que considero ideal para não ficar com os pés cheios de areia, hehe.

Além disso, para se proteger do sol, use protetor solar, leve um boné/chapéu e óculos escuros.

Por fim, visto que o Atacama é um dos desertos mais áridos do mundo, não esqueça da sua garrafinha de água para se manter hidratado! Um protetor labial também ajuda a evitar ressecamento.

Quanto tempo precisa para conhecer

Normalmente, os tours saem do centro de San Pedro de Atacama às 14h30 e regressam após o pôr do sol, lá por umas 19h. No entanto, se você quiser explorar todos os cantinhos do Valle de la Luna, ver todos os mirantes e vistas, você vai precisar de mais tempo do que isso.

Ou seja, se você estiver viajando pelo Atacama por conta própria e se tiver mais tempo disponível – além dos quatro ou cinco recomendados -, vale a pena chegar no Valle de la Luna mais cedo. Eu diria que, pelo menos, às 13h, para depois poder ver o pôr do sol no Mirador de Ckari. Com isso, você também consegue ver as coisas com mais calma e apreciar toda a beleza, nuances e detalhes que o local têm.

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Considere um turno inteiro para esse passeio (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Onde se hospedar no Atacama

Existem diferentes tipos de hospedagem no Deserto do Atacama. Se você busca por um local mais confortável, luxuoso, para não precisar se preocupar com nada, saiba que há opções excelentes imersivas no deserto. Por outro lado, também há alternativas mais simples, hostals familiares e ainda hostels com quartos compartilhados.

Já tem um post aqui no blog com todas as infos de onde ficar no Atacama super detalhadas, inclusive com mais fotos dos melhores hotéis e hostals. Não deixe de conferir!

Dito isso, algumas das melhores opções de hotéis no Atacama são:

Seguro viagem para o Chile

Um dos passos mais importantes de uma viagem é garantir o seu seguro viagem. Afinal, imprevistos de saúde e acidentes podem acontecer – e você não quer gastar todo o seu dinheiro pagando médicos, hospitais ou até internações, né?

Embora o documento não seja obrigatório para poder entrar no Chile, eu recomendo fortemente. No Atacama, você pode acabar passando mal em virtude da altitude. Já em Santiago, se for fazer algum esporte de neve, também pode acabar se machucando.

Isso é algo que ninguém quer nunca, né? Mas, infelizmente, estamos sujeitos.

Contratando um seguro viagem, você garante que a seguradora irá cobrir eventuais gastos com problemas de saúde na viagem. Além disso, inclui uma série de indenizações em caso de extravio ou atraso na entrega de bagagem, atraso ou cancelamento de voo, etc.

Confira abaixo algumas das opções mais baratas do Seguros Promo, plataforma que uso e recomendo, para a América do Sul:

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8 comentários em “Valle de la Luna: como é o passeio no Atacama e onde comprar o ingresso”

  1. Como vocês fizeram a compra do ticket antecipadamente? Estou tentando com o wise e mesmo ele desbloqueado não está funcionando.
    Obrigada!

    Responder
    • paguei com a Nomad. a Wise vira e mexe dá problema nos pagamentos (não faço a menor ideia do porquê). se não tiver conta ainda na Nomad e quiser criar, tem cupom de desconto aqui do blog: ARRUMAESSAMALA20. Dá até US$ 20 de cashback na primeira remessa (tem de ocorrer em até 15 dias do cadastro)

      Responder
  2. Parabéns! Amei as dicas! O conteúdo é incrível!!! Cada post está repleto de informações claras e muito bem explicadas. As dicas são extremamente úteis e detalhadas. Além disso, a forma como o conteúdo é organizado faz com que a leitura seja envolvente.
    Estou planejando e ir em dezembro para o Atacama e gostaria de ir de carro alugado no aeroporto de Calama e ficar no airbnb, mas vi seus vídeos e estou pensando em fazer os passeíos que possuem os acessos mais difícieis com agência. Quais os passeios você indica para ir com agência e quais são possíveis fazer de carro?

    Responder
    • oi, Leidi! primeiramente, obrigado pelo comentário gentil 🤗 eu fiz todos os passeios de carro – até mesmo os com as estradas mais difíceis (Geysers e Lagunas Escondidas). Dá pra fazer tudo de carro, se estiver acostumado a dirigir em estrada esburacada e cheia de pedra hehe. Mas se não quiser arriscar, esses dois locais são os mais difíceis de se chegar (no sentido de que precisa dirigir mais devagar e com mais atenção).

      Responder
  3. Bom dia! Excelente conteúdo, tudo o que foi exposto está bem explicado, Parabéns! Estou programando para irmos em 2025, eu e minha família, esposo e filhos (05 pessoas). Vi que os passeios pelas empresas credenciadas ficam muito caros, quando multiplicamos por 05. Gostaria da tua opinião, se vale a pena alugar um carro em Calama, e que tipo de carro… se não é perigoso…e alimentação…e se tem guia particular para orientar. Te desejo muita felicidade! E muitas viagens para depois nos informar. Parabéns!

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