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Imigração americana: como funciona e minha experiência nos Estados Unidos

A imigração nos Estados Unidos é uma das mais temidas do mundo. Mas, neste post, conto a minha experiência e dou dicas para não passar sufoco!
A imigração nos Estados Unidos é uma das mais temidas do mundo. Mas, neste post, conto a minha experiência e dou dicas para não passar sufoco!
ponte do brooklyn nova york

A imigração é sempre um momento tenso para boa parte dos viajantes. E uma das imigrações mais temidas é certamente a dos Estados Unidos. Mas, neste post, vou contar a minha experiência na imigração americana e mostrar que, apesar de ser um pouco chatinha, se você estiver fazendo tudo certo, não há com o que se preocupar.

Antes de começar a contar como foi a minha experiência, é bom frisar que existem inúmeros aeroportos nos Estados Unidos, com inúmeros atendentes, guardas e fiscais. O processo nunca vai ser 100% igual para todo mundo, pois varia conforme o local, o fiscal, até o bom humor do atendente no dia pode influenciar, e, claro, a situação do passageiro.

Confira também todas as dicas no vídeo do Arruma Essa Mala 👇

Hora da viagem: a imigração americana começou ainda no Brasil

Eu saí do Brasil a partir do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. E viajei com a United. E digamos que o processo de imigração começou já no check-in da companhia aérea, pois foi preciso preencher um papel informando o endereço de onde ficaria hospedada nos Estados Unidos. Essa pergunta não foi mais feita em nenhum outro momento da viagem.

Como iria para mais de uma cidade nos Estados Unidos, informei apenas o primeiro endereço que iria no país – que era em Las Vegas.

skyline de manhattan nova yoyk
Fui questionada onde ficaria hospedada nos EUA já no Brasil (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Imigração americana em Chicago

O meu destino final era Los Angeles, mas havia uma escala de poucas horas em Chicago. Como Chicago foi a cidade por onde entrei nos Estados Unidos, foi lá onde fiz a imigração. A imigração sempre acontece no primeiro local em que você chega no país, independente de ser o seu destino final ou de você sair do aeroporto.

Faz alguns anos que a primeira parte do controle imigratório norte-americano para quem viaja como turista é automatizado. Sabe aquelas folhinhas que você recebe no avião e precisa preencher com informações básicas e entregar ao agente imigratório na hora da entrevista? Pois é. Nos Estados Unidos, isso não existe mais. Esse processo foi substituído por máquinas na chegada ao país.

Mas esse papel continua existindo para outros casos que não os de turismo. E ele vai estar disponível na área de imigração.

No caso da minha experiência, isso acabou confundindo uma galera, porque praticamente o avião inteiro parou para preencher ele ao chegar na área de imigração do aeroporto de Chicago. Não havia nenhum atendente para orientar o que deveria ser feito e até eu, que já sabia que o processo estava sendo feito por máquinas, fiquei confusa ao chegar no local e ver umas 40 pessoas preenchendo o tal papel.

Passaram-se alguns minutos até chegar uma pessoa que informou que aquilo realmente não era necessário e indicou o caminho até as máquinas.

A primeira etapa da imigração americana é em máquinas

Chegando nas máquinas da imigração, eu e Hector fomos juntos. Eu preenchi primeiro, ele depois. Não tem problema ir o casal ou a família inteira junta.

O processo foi simples. Foi preciso escanear o passaporte, escanear as digitais, tirar uma foto e registrar algumas informações básicas de Aduana. Essas perguntas normalmente são as mesmas para qualquer país do mundo que você for viajar, como, por exemplo: você está trazendo consigo mais de US$ 10 mil em espécie? você está trazendo consigo plantas, sementes, carne, verduras, etc? você fez compras que ultrapassam o limite da cota de isenção tributária? Basta responder sim ou não.

Essas regras existem aqui no Brasil também e, tirando a parte do dinheiro, fazem mais sentido quando o turista está voltando pro país. Tem vários posts aqui no blog explicando essas regras de Alfândega, Receita Federal, Vigilância Agropecuária… Se você quiser saber mais e entender como funciona, dê uma olhada neles:

Também é preciso informar qual o seu tipo de visto e qual o propósito da viagem – que, no caso aqui do Arruma Essa Mala, é sempre turismo -, além de dizer se você está viajando com outros membros da sua família. Se esse for o caso, você terá de repetir o processo de escanear o passaporte e as digitais de todos os membros da família.

Ao final da operação, um papel será impresso com a sua foto e informações do passaporte.

hollywood sign los angeles
Meu destino final era Los Angeles, mas fiz a imigração em Chicago (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Papel impresso com um X?

Como falei antes, eu e Hector fizemos o procedimento juntos na mesma máquina. Eu fiz primeiro, ele depois. Quando o meu papel foi impresso, veio um X por cima dele. Já o do Hector, quando impresso, veio sem X algum. Claramente achei que tinha dado algum problema, mas não foi o caso.

Não existe nenhuma explicação clara e pública do porquê alguns papéis saem com esse X e outros não. No meu caso, quando cheguei na entrevista com o agente imigratório, ele me pediu para repetir o processo de escanear minhas digitais. Ou seja, pode ter ocorrido algum problema na máquina, e o X serviu para identificar isso. Mas não se preocupem se isso acontecer com vocês também, pois não significa nada de grave.

Ao programar a sua viagem para os Estados Unidos, lembre-se também do seguro viagem para lá. Embora não seja uma documentação obrigatória para entrar no país, o custo de um atendimento médico nos EUA é um dos maiores do mundo e, qualquer imprevisto que você tiver, pode acabar lhe custando uma pequena fortuna. Saiba como escolher o melhor plano e tire todas as dúvidas aqui.

Imigração americana: hora da entrevista

Bom, depois que finalizamos o processo nas máquinas, seguimos para a fila de entrevista com o agente de imigração. Novamente, eu e Hector fomos juntos ao mesmo guichê, como sempre fazemos quando viajamos juntos. Também não há problema em fazer isso se você é da mesma família.

Em todo processo imigratório, você precisa entregar o seu passaporte e responder a algumas perguntas, que são totalmente variáveis caso a caso. Se o agente desconfiar de alguma coisa, pode fazer mais perguntas. Caso contrário, normalmente são questões bem básicas. Não esqueça que, para o caso dos Estados Unidos, você também precisa apresentar o seu visto válido, que estará colado em uma das páginas do seu passaporte.

Caso você tenha um visto válido (o visto americano tem duração de 10 anos), mas nesse período precisou renovar o seu passaporte, não esqueça que você precisa levar os dois passaportes, o antigo e o novo, para poder mostrar o visto.

times square nova york
Você precisa apresentar seu passaporte, visto e responder a perguntas na imigração (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Quais perguntas foram feitas

Na imigração, então, nós tivemos que responder quais cidades iríamos visitar nos Estados Unidos, quanto tempo ficaríamos no país, qual era a nossa profissão e qual era o nosso estado civil.

Nesse momento, me deu um branco no termo correto em inglês para falar ‘união estável’. O correto, para a legislação americana, é common-law marriage. Eu acabei falando como seria união estável numa tradução literal, mas o agente imigratório entendeu o que eu estava dizendo.

Além disso, tivemos de informar se estávamos levando qualquer tipo de comida conosco. Eu precisei ainda repetir o meu processo de digitais e foi isso. Logo fomos liberados.

Conforme cada caso, outras perguntas podem ser feitas também, como quanto dinheiro está levando para a viagem, onde vai ficar hospedado, se tem familiar no país ou se conhece alguém por lá, etc…

Com o processo imigratório feito, ao chegarmos em Los Angeles nada foi feito. Apenas desembarcamos e fomos buscar nossas malas.

O que você precisa levar para a imigração americana

Como falei no começo desse post, dificilmente você terá qualquer tipo de problema na imigração americana se estiver viajando a turismo e não estiver fazendo nada de errado. Você já teve o seu visto aprovado e basta você fazer uma viagem condizente com o que lhe permitiram fazer. No caso de um visto de turismo, uma viagem a turismo.

É importante também sempre levar todos os comprovantes de viagem impressos, pois é uma forma de provar que você realmente está fazendo uma viagem de turismo. Eu sempre levo as passagens aéreas de todos os trechos, reserva de hospedagem, seguro viagem e reserva de aluguel de carro, se for o caso.

Eu nunca precisei mostrar nenhum desses documentos, à exceção do Marrocos, mas só porque o agente imigratório não entendia o que era Airbnb e a comunicação em inglês não fluía muito bem. Era uma forma dele ver o documento da reserva e do pagamento e entender onde eu ficaria hospedada (leia aqui como foi a imigração no Marrocos). Tirando isso, nunca. Mas é sempre importante ter os documentos à mão para o caso de ser solicitado.

rota 66 estados unidos
Sempre leve seus comprovantes de viagem impressos (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

Dicas para não passar sufoco na imigração americana

Como vocês puderam ver, a minha experiência foi super tranquila. Mas, como falei, todo caso é um caso e, muitas pessoas, mesmo viajando a turismo e não estando fazendo nada de errado, tiveram de responder muito mais perguntas ou até foram levadas para a temida ‘salinha’ da imigração americana.

Sendo assim, seguem algumas dicas para você passar com tranquilidade nesse processo imigratório e não ter nenhum problema.

  • Mantenha sempre a calma
  • Responda todas as perguntas solicitadas
  • Não caia em contradição
  • Se perguntarem a mesma coisa mais de uma vez, responda tranquilamente quantas vezes forem preciso e, novamente, não caia em contradição
  • Mantenha a postura durante todo o processo, inclusive na fila enquanto aguarda ser chamado. Não faça piadinhas, não fale alto, não use equipamentos eletrônicos
  • Tenha sempre em mãos o seu passaporte e o seu visto válido
  • Se o seu visto válido estiver em um passaporte já vencido, não esqueça de levar os dois passaportes para a viagem, o novo e o antigo
  • Leve todos os seus comprovantes de viagem impressos: hospedagem, seguro viagem, passagens aéreas, aluguel de carro, etc
  • Tenha sempre uma quantia em dinheiro que seja compatível com o período que você vai passar no país, além de cartão de crédito internacional
  • Se você, por algum motivo, for encaminhado para a ‘salinha’, mantenha a calma e não questione. Vá até o local e responda tudo o que for solicitado
  • Vale a pena dar uma estudada em termos em inglês que possam ser perguntados durante a entrevista (como o common-law marrige que falei acima). Mas se você não souber nada de inglês, muitos aeroportos americanos contam com intérpretes em português e você pode solicitá-los

Como são os processos de segurança nos aeroportos americanos

Uma dica plus para você que está lendo esse post e vai viajar para os Estados Unidos: além da imigração americana, quando você chega no país, você também terá de passar por rigorosos procedimentos de segurança.

Como eles são rigorosos, isso significa que também demorará um certo tempo. Por isso, a primeira dica é: chegue ao aeroporto com antecedência para não correr risco de perder o voo.

O procedimento de segurança mais demorado pelo qual passei foi no aeroporto de Los Angeles, quando iria fazer um voo interno pelo país até Nova York. O processo todo, desde entrar na fila do raio-x até conseguir entrar, de fato, na área de embarque, durou de 30 a 40 minutos. Acrescente a isso também o tempo de fazer check-in e despachar bagagem, se for o seu caso.

Primeiro, foi preciso formar uma fila para mostrar passaporte e passagem para um inspetor. Depois, mais uma fila para passar por um corredor em que haviam seguranças com cachorros. Só podia caminhar duas pessoas por vez, e os cachorros iam passando pelo local farejando. Os outros precisavam aguardar a sua vez.

Depois, sim, se chegava à fila propriamente do raio-x. E ela era gigantesca, embora houvesse várias máquinas em funcionamento.

Inspeção no raio-x

O grande problema é que você precisa tirar tudo, absolutamente tudo, para passar pelo raio-x. Sapato, cinto, casaco, brincos (caso sejam grandes), notebook, celular… E isso, claro, acaba atravancando a fila.

Não sei se esse procedimento acontece em todos os aeroportos dos Estados Unidos ou até mesmo no de Los Angeles com frequência ou se era um dia de atendentes de mau humor. Mas os seguranças do raio-x passavam os itens dos passageiros tudo fora de ordem pela máquina.

Sendo mais clara: eles pegavam uma mochila de um e passagem pelo raio-x, depois pegavam uma bandeja com o meu notebook e passavam na sequência, depois pegavam outra bandeja, de outro passageiro, depois é que passavam minha mochila, por exemplo.

Com isso, acabava se formando uma muvuca gigantesca também na saída do raio-x, já que as pessoas precisavam ficar esperando seus pertences aparecerem por etapas.

Além de precisar passar os seus pertences pelas máquinas, você também precisa passar por uma máquina. E ela não é um detector de metal ‘normal’, e, sim, uma cápsula circular que se fecha quando você entra. Você precisa erguer os braços e aguardar o sinal de que foi liberado.

Passado tudo isso, finalmente você pode entrar na área de embarque e correr para o seu portão para pegar o seu avião.

Segurança no aeroporto de Nova York

Os procedimentos foram os mesmos no aeroporto de Newark, que utilizei para chegar e sair de Nova York. No caso, passei pelos processos de segurança ao deixar os Estados Unidos e pegar o meu voo de volta ao Brasil. A única coisa que não existia por lá (ao menos no dia em que viajei) era o corredor com cachorros farejadores. Fora isso, tudo exatamente igual e demorado.

Já viajou para os Estados Unidos? Me conta nos comentários como foi a sua imigração e se você passou por algum perrengue nos procedimentos de segurança!

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Os procedimentos de segurança nos aeroportos são bem rigorosos (Foto: Jessica Mello/Arruma Essa Mala)

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