O que fazer em Teresópolis, RJ? Guia completo e roteiro de um dia

Quando se fala em Teresópolis, é provável que venha a sua cabeça a Granja Comary, local de treinamento da seleção brasileira de futebol, e a vista do Dedo de Deus, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Mas fora isso, o que tem para se fazer em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro? É isso o que o Arruma Essa Mala foi conferir e mostra no post de hoje.

Neste post, vou contar o que fazer em Teresópolis em um dia, focando na parte histórica e na cidade em si. As trilhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (as da Sede Petrópolis você pode conferir aqui) ficarão para um segundo momento. Você também vai conferir um guia completo, com dicas de como chegar, onde se hospedar, pedágios e mais!

Confira também todas as dicas no vídeo do Arruma Essa Mala 👇

Onde fica Teresópolis?

Teresópolis fica na serra fluminense, distante 95km ao norte da capital Rio de Janeiro. É a cidade mais alta do estado, a 871 metros acima do nível do mar. Por esse fato, costuma ter temperaturas mais amenas.

Como chegar a Teresópolis?

Os atrativos turísticos em Teresópolis não são muito próximos um dos outros. Para visitar a cidade com mais tranquilidade e poder conhecer mais locais além do centro histórico, o ideal é estar de carro. Caso você desembarque nos aeroportos Galeão ou Santos Dumont, pode alugar um carro e seguir viagem – o que também facilita conhecer outros locais da região, como Petrópolis.

Há duas opções saindo do Rio de Janeiro. Você pode seguir pelo sentido Duque de Caxias, pegando a BR-040 e, depois, a BR-116. Ou você pode atravessar a ponte Rio-Niterói e seguir por São Gonçalo, pela BR-101 até encontrar a BR-116 na altura de Magé.

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Você também pode ir de ônibus e se locomover pela cidade tanto de transporte público quanto de táxi/uber. Saindo da Rodoviária Novo Rio, a empresa que faz o trajeto Rio de Janeiro-Teresópolis é a Viação Teresópolis e há saídas a cada uma hora.

Saindo de São Paulo, há a empresa Águia Branca que faz o percurso. Os horários, no entanto, são bem reduzidos. Há apenas uma opção de horário, durante a madrugada, chegando em Teresópolis pela manhã.

Para outras cidades brasileiras, consulte o site da rodoviária local para saber se há opção de viagem via ônibus.

Pedágios

Caso você vá de carro para Teresópolis, terá de pagar pedágio na estrada. Quando eu fui, já estava na serra – ou seja, não saí do Rio de Janeiro. Estava em Petrópolis e, de lá, segui para Teresópolis. Ao fim do dia, regressei ao Rio.

Sendo assim, pelo percurso que eu fiz, tive de pagar dois pedágios. Um deles foi na BR-116, na praça Engenheiro Pierre Berman, na altura do KM 133. O valor foi de R$ 19,30.

Ao chegar no Rio de Janeiro, como moro na zona oeste da cidade, precisei pagar ainda o pedágio da TransOlímpica, no valor de R$ 7,50.

Caso você faça o caminho por Niterói, considere que haverá ainda o pedágio na saída da ponte Rio-Niterói no valor de R$ 4,30.

Esses valores são referentes a abril de 2019. Dependendo de quando você for viajar, os preços já podem ter reajustado.

Onde ficar hospedado?

Caso você não esteja de carro, o ideal é ficar hospedado pelo bairro do Alto, onde fica a Feirinha do Alto, além de várias outras atrações e também é próximo da entrada do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e da Granja Comary. Ou seja, você conseguirá percorrer os principais locais a pé.

Caso esteja de carro, não fará tanta diferença assim. Até porque a cidade não é muito grande. Mesmo assim, a região central é a preferida pela praticidade.

Pelo Booking, você consegue reservar um ótimo hotel a 100m do centro com café da manhã a R$ 281 a diária para o casal. Já uma pousada simples, mas com vista para a natureza, piscina e varanda, além do café da manhã incluso, você encontra a R$ 259 para o casal. Caso você queira uma experiência de luxo, em uma cabana rústica, com vista para a natureza e um café da manhã incrível, pode optar por este hotel boutique com diárias a partir de R$ 540, também para duas pessoas.

Um pouquinho de história

De acordo com o site oficial da secretaria de Turismo da Prefeitura de Teresópolis, a região onde hoje está situada a cidade era habitada, desde o século XVI, por índios timbiras. Até que a área foi descoberta pela família imperial brasileira.

No século XIX, George March, um português de origem inglesa, adquiriu algumas terras, onde hoje situa-se o bairro do Alto, e as transformou em uma fazenda-modelo. Como Teresópolis se encontrava no meio do caminho até Minas Gerais, muitos a utilizavam para descansar. Com isso, iniciou-se seu processo de povoação.

O nome Teresópolis surgiu em homenagem à imperatriz Teresa Cristina, esposa de D. Pedro II, uma vez que significa a junção das palavras ‘Teresa’ + ‘pólis’ (em grego, cidade).

Em 6 de julho de 1891, o então governador do estado Francisco Portella elevou Teresópolis à condição de município, emancipando-a de Magé, e assim a nomeando.

O que visitar em um dia em Teresópolis

O tradicional pórtico de entrada da cidade fica no lado da cidade de quem vem pela BR-116 (ou seja, do Rio de Janeiro). É uma boa forma de se começar o passeio por Teresópolis, assim você poderá começar “do começo”.

Como viajei saindo de Petrópolis, fiz o caminho por cima, via BR-495. Mas, como já dito anteriormente, Teresópolis não é uma cidade muito grande, então é fácil de conhecer tudo, embora as atrações não sejam todas muito próximas uma das outras. A partir de agora, vamos ver o que é possível conhecer em Teresópolis em um dia!

Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Embora não vá detalhar neste post todas as trilhas e cachoeiras e atrativos que existem dentro da sede Teresópolis do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, é importante falar sobre o local mais famoso da cidade.

A começar pelo Pico Dedo de Deus, que tem sua melhor vista do Mirante do Soberbo, mas também é possível vê-lo de outros lugares da cidade. Está a 1.692m de altitude e é representado no brasão do estado do Rio de Janeiro.

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos tem mais de 20 mil hectares de área protegida nos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim.

Há diferentes trilhas, longas e curtas, travessias, cachoeiras e poços. Tem três sedes, em Petrópolis, Teresópolis e Guapimirim, cada uma com suas trilhas e atrativos diferentes.

Os valores de entrada também são diferentes, conforme o que se for fazer. Por exemplo: para fazer a famosa travessia Petrópolis-Teresópolis, o valor é mais caro (R$ 28), uma vez que o percurso dura três dias. O valor “normal” para turistas brasileiros é de R$ 18.

Mirante do Soberbo

No Mirante do Soberbo, logo na entrada de Teresópolis de quem chega pela BR-116, há a melhor vista da cidade para a Serra dos Órgãos e para o Dedo de Deus.

Tem um pequeno estacionamento no local, que costuma lotar. Mas, como a maioria das pessoas apenas desce rapidinho para tirar uma foto e logo segue viagem, a rotatividade dos veículos também é grande e estacionar não deve ser um problema (no máximo, aguardar alguns minutos).

A melhor luz para tirar uma foto no local é pela manhã, quando o sol bate de frente na serra e a ilumina. À tarde, o sol começa a baixar por trás da serra, o que fará com que você fique escuro na imagem – ou que o fundo fique super estourado.

Um pouco antes do Mirante do Soberbo, ainda na rodovia, há um outro estacionamento que costuma lotar menos. Também tem uma boa vista da Serra dos Órgãos.

Estátua da imperatriz Teresa Cristina

Em frente ao Mirante do Soberbo, na rotatória para quem deixa a BR-116 e entra em Teresópolis, existe uma estátua da imperatriz Teresa Cristina. Como já dito neste post, foi em homenagem a ela que Teresópolis recebeu este nome.

Granja Comary

A Granja Comary é mais conhecida por ser o centro de treinamento da seleção brasileira de futebol. Mas trata-se também de um condomínio fechado, com casas luxuosas.

É possível acessar apenas a rua principal da Granja Comary, e a entrada é gratuita.

Do lado esquerdo, você consegue ver os campos de treinamento. Mas eles estão um pouco distantes e protegidos por uma grade. Do lado direito, há o Lago Comary, com vista para a Serra dos Órgãos.

A rua que dá acesso ao condomínio em si não é possível conhecer. Assim como, ao fim da rua, há uma catraca indicando a entrada para o espaço da CBF e, claro, apenas pessoas autorizadas são permitidas.

Feirinha do Alto

A Feirinha do Alto funciona aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h, na Praça Higino da Silveira, no Bairro do Alto. Reúne artistas populares e artesãos da cidade desde 1983. Os estandes são padronizados, com toldos coloridos.

A feira é bem grande e você poderá encontrar desde roupas a móveis, redes, artesanato, bijuterias, artigos de decoração, plantas e, claro, muita comida. Inclusive, há duas “praças de alimentação”, com toldo para proteger do sol (ou da chuva) e várias mesas e cadeiras. É uma boa alternativa para o almoço.

Fonte Judith

A Fonte Judith fica na Av. Oliveira Botelho, próximo à Feirinha do Alto, distante apenas uma quadra. Ela foi construída em 1920 e ganhou a forma atual, com azulejos portugueses, em 1967.

Como uma própria placa no local indica (e é validado pela Prefeitura), a água que sai da fonte é potável. Ou seja, é um bom local para encher a sua garrafinha d’água. Quando fui, havia várias pessoas (inclusive moradores) fazendo o mesmo 🙂

Vila St. Gallen

O Vila St. Gallen é um pequeno centro gastronômico inspirado na cultura alemã. Há uma cervejaria em que é possível, inclusive, agendar uma visita para conhecer o processo de fabricação. Mas o foco mesmo é sentar para comer e beber.

Na área interna, há meio que uma “praça de alimentação”, com mesas e uma capela, um café com docinhos e sorvetes e uma loja de souvenirs da cervejaria.

A arquitetura é toda germânica, com reprodução de casas de estilo alemão. É bem bonitinho! E é possível conhecer o ambiente mesmo se não quiser consumir nada.

O horário de funcionamento é das 19h às 00h (quartas e quintas), das 12h às 00h30 (sextas e sábados) e das 12h às 18h (domingos). O ‘Bier Tour’ acontece apenas às sextas (15h e 19h30), sábados (13h, 15h, 17h30 e 19h30) e domingos (12h30 e 14h30).

Viva Itália

O Viva Itália tem o mesmo conceito do Vila St. Gallen, só que focando na gastronomia e estilo italiano. Fica a uma quadra da Feirinha do Alto, na Avenida Oliveira Botelho, 617. Há uma cantina, um pastifício e uma gelateria.

A cantina funciona de terça à quinta, das 11h30 às 23h30; sexta e sábado, das 11h30 às 00h; e domingos, das 11h30 às 15h30.

O pastifício e a gelateria funcionam de terça à quinta, das 8h30 às 23h30; sextas, sábados e feriados, das 8h30 às 00h; e domingos, das 8h30 às 23h.

Também é possível conhecer a área comum sem precisar consumir nada.

Igreja de Santa Teresa d’Ávila

A Igreja de Santa Teresa fica localizada na Praça Baltasar da Silveira e é bem simples, tanto a sua fachada quanto seu interior.

A construção da Matriz de Santa Teresa data da segunda metade do século XIX, ano de 1855. Foi demolida em 1927 por estar em péssimo estado de conservação e não mais atender ao grande número de fiéis. A nova matriz foi inaugurada em 1940.

📌 Confira no mapa abaixo todos os locais que visitei e estão citados neste post:

Calçada da Fama (rua Francisco Sá)

A Calçada da Fama de Teresópolis fica em frente à Praça Baltasar da Silveira. Existe uma grande concentração de lojas e comércio em geral e costuma ter mais movimento durante a semana.

Leva o nome de “Calçada da Fama” porque existia um projeto para se ter, de fato, uma calçada da fama no local. Rolaram alguns convites a celebridades, mas o projeto não foi para frente e flopou. Com isso, permaneceu só o nome mesmo.

Palácio Teresa Cristina

O Palácio Teresa Cristina é a atual sede da Prefeitura. O nome é uma homenagem à imperatriz, esposa de D. Pedro II. O palácio já foi sede de vários outros órgãos públicos, como Câmara Municipal e Cartório Eleitoral.

Sendo bem sincera, este não é o local mais bonito da cidade, nem o prédio melhor conservado – precisa de uma reforma e de, no mínimo, uma pintura na fachada. Mas, por se tratar de um local histórico, vale a pena a passada para conhecer, nem que seja para ver de dentro do carro.

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